RALI DE CASTELO BRANCO
Barros sai vitorioso de luta de titãs
O Rali de Castelo Branco, organizado pela Escuderia Castelo Branco (ECB), saldou-se em mais um êxito e não podia ser mais espetacular, uma vez que foi palco de uma luta de titãs, entre José Pedro Fontes/Inês Ponte, em Citroën DS3 R5, e João Barros/Jorge Henriques, em Ford Fiesta R5. Uma luta que durou até ao final da última prova especial de classificação (PEC), no final da qual o piloto do Ford assegurou o primeiro lugar do pódio, com uma vantagem de 6,3 segundos, para o adversário aos comandos do Citroën.
No primeiro dia de prova, sábado, com três classificativas, incluindo a superespecial noturna disputada na zona da Rotunda da Europa, que atraiu milhares de espectadores, José Pedro Fontes dominou e liderou. Assim, domingo saiu para a estrada como líder, com uma vantagem de 10,9 segundos sobre João Barros, mantendo uma vantagem de 9,3 segundos no final dos três troços cumpridos de manhã.
Na parte da tarde, na segunda passagem por S. Domingos, José Pedro Fontes fez um pião, acabando por perder 20,9 segundos o que o fez ficar a 11,6 segundos de João Barros.
A vitória no Rali estava em aberto para as duas últimas classificativas, prometendo muita emoção. O que aconteceu, uma vez que na segunda passagem pela Fonte Longa o piloto do Citroën atacou a fundo e recuperou 6,3 segundos, ficando a 5,3 segundos do líder.
Só que faltavam ainda os 19,29 quilómetros da segunda passagem pelo Alvito, onde João Barros, mais do que gerir o andamento, o que era um risco, devido à extensão da classificativa, decidiu entrar com tudo e venceu a PEC, ganhando mais um segundo e assegurando a vitória, bem como a conquista do Prémio Manuel Queirós Pereira (Mêquêpê).
No final do Rali João Barros estava visivelmente satisfeito e afirmou que “desde o princípio que sabia que havia três pilotos com condições para vencer: Eu, o Fontes e o Campos. Acabei por ser eu e o José Pedro a discutir o rali até ao derradeiro troço. Ele deu-me uma grande luta. Tinha a noção que um erro ditaria a vitória no Rali de Castelo Branco e acabou por pender para o meu lado. Esta é uma prova muito bonita de que eu gosto bastante. A luta foi espetacular, porque nos fez andar sempre no limite”.
O terceiro lugar do pódio foi para Miguel Campos/Carlos Magalhães, em Skoda Fabia R5, a 31 segundos de João Barros.
Na Taça de Ralis FPAK de Asfalto, Herlander Trindade/Palmira Martins, em Subaru Impreza, foi o vencedor ao vencer Eduardo Veiga/Nuno Rodrigues da Silva, em Ford Es-cort MK2, que depois de dominar se viu a braços com um problema mecânico, que o relegou para o segundo lugar.
Para além de outros o Rali pontuou também para o Clio Trophy Ibéria, com Francisco Cima/Diego Sanjuan, em Renault Clio R3T, a ser o vencedor.
Isto enquanto no troféu monomarca espanhol Copa Dacia Sandero, a vitória foi para Javier Bouza/Ivan Bouza.
O melhor piloto da Região em prova foi Nelson Trindade/Roberto Santos, em Mitsubishi EVO IX, que, por isso, conquistou o Prémio André Martinho.
António Tavares