27 de julho de 2016

João Belém
OS COMPUTADORES E O NOSSO FUTURO...

A Inovação distingue os Líderes dos seguidores
Steve Jobs

Estamos na 4.ª Revolução Industrial e as máquinas estão a ficar com os nossos empregos. Devemos travar o futuro?
Penso que somos capazes de nos adaptar a esta nova realidade se assim o quisermos fazer. Acredito que não vale a pena travarmos o avanço da tecnologia nem tão pouco salvar os empregos que em breve serão das máquinas. O que é preciso é encontrar novas formas de adaptar a nossa economia e sistema social, sintetizando, a nossa vida.
Se refletirmos, a tecnologia sempre nos tornou melhor e nesse sentido poderemos prever um futuro com menos postos de trabalho mas com as nossas vidas mais dedicadas a atividades artísticas, académicas e solidárias, humanizando mais as nossas atividades, coisa que gradualmente, devido às solicitações do dia-a-dia fomos deixando de fazer.
Antigamente, a ideia de um robô a trabalhar numa linha de produção era absurda, mas agora eles estão lá para ficar e em áreas como Direito, medicina, ciência, pintura, música eles estão também a implantar-se cada vez mais. Como exemplo a London Symphony Orchestra interpretou uma peça em 2012 composta inteiramente por um programa. As máquinas estão a ficar até com os empregos altamente qualificados, e não apenas com os dos funcionários que têm baixa educação. Isto será um grande desafio para nós. Nos próximos anos, muitos empregos desaparecerão. Vamos ter de nos preparar para isto e pensar como iremos adaptar a nossa economia e a nossa sociedade a este novo mundo.
Anteriormente, a educação era suficiente para, enquanto trabalhadores, fazermos frente a esta destruição de postos de trabalho. Qual será agora a solução? Claro que isso não quer dizer que a educação vá deixar de ser importante. A educação continuará a ser vital, mas teremos de valorizá-la por ela nos tornar melhores pessoas e melhores cidadãos e não tanto porque é o caminho para um emprego melhor.
Mesmo que façamos tudo bem, que tipo de empregos sobram? No curto prazo, haverá muitos empregos para as pessoas. Trabalhos que requeiram criatividade genuína ou profundas interações interpessoais. Empregos que exijam muita mobilidade e destreza, por exemplo, trabalhos artesanais como o dos eletricistas e canalizadores continuaram a salvo por algum tempo. E também trabalhos como o de enfermeiro ou médico. Mas os empregos rotineiros sofrerão um impacto muito forte, até mesmo os de colarinho branco que trabalham com informação.
Se não vejamos: Segundo declarações da sua CEO e presidente da empresa a IBM que quer ser a líder na computação da nova era artificial, investe como centro da sua estratégia, neste domínio, no seu supercomputador Watson. Cinco anos após o seu lançamento oficial, o Watson já levou à criação de 500 novos negócios que deram origem a empresas que construíram as suas ofertas com base no poder analítico do supercomputador.
A tecnologia sempre nos deixou melhor. Isso continuará a ser verdade mas teremos de adaptar a economia e os sistemas sociais a essa nova realidade. Um dia, a IBM disse: “Os computadores só podem fazer aquilo para que são programados.” Já não é assim… Os computadores pensam? Os computadores agora aprendem sozinhos. Já não precisam de ser programados passo a passo. E esta aprendizagem das máquinas é a tendência mais importante do momento e não acontece apenas porque o software está a ficar melhor. Acontece porque agora há imensos dados que o software inteligente pode processar e, a partir dele, aprender.
E isto vai continuar …..

27/07/2016
 

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