PALESTRA ORGANIZADA PELO MOVIMENTO MONÁRQUICO DE CASTELO BRANCO
Costa Alves alerta para as alterações climáticas
O Movimento Monárquico de Castelo Branco, com o apoio da Junta de Freguesia de Castelo Branco, organizou, na passada quarta-feira, dia 23, uma palestra subordinada ao tema O Aquecimento Global e as Alterações Climáticas.
No início da sessão, que decorreu na Junta de Freguesia, Arnel Afonso, em representação do Movimento Monárquico, recordou que este foi fundado há dois anos e sublinhou que “não fazemos propaganda política. Falamos de grandes figuras de Portugal, da Região, das tradições e da ciência”, para concluir que nesse seguimento, “hoje, no Dia Meteorológico Mundial, convidamos um Albicastrense de reconhecido valor na área”.
Referia-se assim ao meteorologista Costa Alves que no decorrer da intervenção abordou o tema mediante a apresentação de dados científicos, que levaram a perceber os problemas com que a humanidade e o Planeta Terra se defrontam.
Costa Alves realçou que no respeitante ao aquecimento global e às alterações climáticas o “problema está definido, cientificamente”, recordando que desde a década de 90 do século passado se procuram respostas, dando como exemplo a Cimeira do Rio, em 1992, para concluir que, no entanto, as respostas são poucas, porque “os poderes económicos e os países têm tido muita dificuldade em responder”.
No decorrer da intervenção, Costa Alves destacou também que “desde o terramoto de 1755 não temos uma catástrofe tão grande como as mortes por calor, como foi o caso do que aconteceu em 2003”, avançando que, “a partir daí, temos assistido a ondas de calor, com mais de mil mortes”, o que o leva a denunciar que “nessa área invertemos a primeira preocupação, colocando em primeiro lugar a floresta e não as pessoas”.
Sempre com o aquecimento global e as alterações climáticas como pano de fundo, Costa Alves afirmou que se a situação não se alterar, no futuro, o que se espera “é o aumento das ondas de calor, com um aumento da mortalidade e da morbilidade”, ao que junta “o aumento da floresta queimada, o aumento das secas, o aumento do nível do mar, o aumento de doenças transmitidas por insetos, o aumento das chuvas intensas com longa duração e o aumento de potência dos furacões que podem atingir Portugal Continental”.
Numa sessão que Costa Alves terminou com a projeção da frase “Não herdámos a terra dos nossos pais. Pedimo-la emprestada aos nossos filhos”, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Jorge Neves, questionou “o que podemos fazer” para enfrentar o problema, para responder que “já estamos a fazer, mas o essencial tem de vir de cima, a nível internacional”, embora fosse dando o exemplo, ao desligar o ar condicionado e o projetor.
António Tavares