Joaquim Martins
Iluminação pública e tradições
Iluminação pública e tradições – Na passada sexta-feira foram acesas as luzes que assinalam a época natalícia. Não é visível a lógica que levou à escolha da data. Teria sido mais racional ou o primeiro dia do mês de dezembro ou o primeiro dia do Advento. Haveria pelo menos, uma referência explícita ao Natal. Sim. Dado que se fala na tradicional iluminação de Natal, seria lógico que a data tivesse a ver com o mês do Natal, ou com o tempo que o mundo cristão dedica à preparação da mesma festa.
Mas deixemos o pormenor e vamos às luzes. Confesso desde já a minha desilusão. Entrei na cidade pouco depois da meia-noite e senti um arrepio. Cores frias. Branco e um azul arroxeado. Cristais de neve e gelo. Formas novas, de geometria rigorosa, mas fria. Procurei uma cor quente que me aquecesse o coração. Nada. Uma pequena chama de esperança. Nada Um anjo que me guiasse. Nada. Ao menos uma estrela! Nada.
Há tradição. Há luzes na cidade. Falta o calor da festa. Falta cor. Falta magia.
Dia Internacional contra a corrupção – Assinala-se, sexta-feira, dia 9, dia em que em 2003, a ONU assinou a convenção das Nações Unidas contra a corrupção visando “consciencializar sobre a corrupção a nível mundial” e chamar a atenção para a importância desse combate, na luta contra a pobreza e a exclusão.
A Convenção entrou em vigor em dezembro de 2005, mas os resultados são ainda muito pobres. O Deus dinheiro continua a corromper. O fosso entre países continua a alargar-se, pondo em causa os objetivos da ONU, para a qual a “redução da pobreza e o alcançar dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estão diretamente ameaçados pela corrupção”.
O fenómeno da corrupção também tem tido terreno fértil neste nosso País tolerante e de brandos costumes. A austeridade e a falta de confiança fornecem os álibis necessários. Também o clima de medo. Importa reagir e denunciar. A corrupção empobrece-nos. Combatê-la, todos os dias, é uma forma necessária de cidadania!