15 de março de 2017

PROENÇA-A-NOVA
Câmara planta mil medronheiros junto ao Aeródromo das Moitas

A Câmara de Proença-a-Nova vai plantar mil medronheiros num terreno recém-adquirido num dos topos do Aeródromo Municipal, nas Moitas.
O presidente da Câmara, João Lobo, adianta que “comprámos este terreno por estar dentro do cone de aproximação ou descolagem das aeronaves e por incrementar a segurança da operação do Aeró- dromo. O eucaliptal aí existente foi cortado e agora vamos plantar medronheiros, uma planta autóctone que deve ser uma das apostas a fazer pelo nosso território, tendo em conta que contribui para a gestão florestal e pode ser um importante complemento de riqueza aos seus proprietários”.
A novidade foi avançada na abertura do curso Investimento na Cultura do Medronho que decorreu sexta-feira e sábado no Centro Ciência Viva da Floresta.
João Lobo considera que o País, no seu conjunto, “não teve, até hoje, políticas públicas articuladas entre os diversos setores e ministérios que deem resposta aos desafios do ordenamento florestal e, dessa forma, é o País que não tem tirado a riqueza que a floresta fornece, desde o coberto do solo até à copa”.
O autarca refere ainda que, “com os vários diplomas sobre a reforma da floresta e a discussão que está a propiciar em todos os setores, terá que ser uma oportunidade para, de forma corajosa, concretizar um processo que todos, estou certo, desejam ver implementado”.
A formação sobre o medronheiro incidiu numa planta com elevado valor comercial que nasce de forma espontânea em vários pontos do País, mas que ainda está a ser deficientemente explorada. Na perspetiva de Zulmira Campelo, do Fórum Florestal – Estrutura Federativa da Floresta Portuguesa, responsável pelo curso, as pessoas ainda não estão sensibilizadas para esta cultura: “Acho que é um trabalho que temos que continuar a realizar para que mais pessoas percebam que o medronho é uma boa aposta”, considera. Além disso, a aguar- dente de medronho, um dos produtos mais conhecidos, não é aquele que permite a maior rentabilidade ao produtor.
Nesse sentido, este curso especializado focou também a questão económico-financeira e da comercialização: “não interessa só cultivar medronho, tecnicamente é muito importante, mas também temos que saber quais são os vários indicadores financeiros”. A formação, que incluiu a visita a dois pomares, pretendeu por isso incentivar mais pessoas a apostar nesta cultura. “Ainda estamos muito aquém daquilo que podemos produzir”, afirma Zulmira Campelo.

15/03/2017
 

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