29 de novembro de 2017

REUNIÃO COM O PRESIDENTE DA CÂMARA MARCADA PARA DIA 6 DE DEZEMBRO
Grupo cívico sai Em defesa do Barrocal

Manter o Barrocal o mais natural possível é o objetivo de um grupo cívico que contesta as alterações introduzidas pelo Parque Natural do Barrocal, um projeto que está em curso nesta zona de Castelo Branco.
Os motivos que levam a esta tomada de posição podem ser conhecidos no Facebook, digitando Em defesa do Barrocal e foram explicados segunda-feira, no decorrer de uma conferência de Imprensa.
No encontro, Manuel Costa Alves realçou que “na infância tivemos uma relação com o Barrocal”, recordando que “desapareceu o Barrocal do lado de cá, da Nuno Álvares, ficou o Barrocal do lado de lá da linha-férrea”.
Manuel Costa Alves refere, por outro lado, a importância do Barrocal em termos arqueológicos, hidrológicos, zoológicos e botânicos, para de seguida recordar que em 2013, o então presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, “afirmava que o objetivo era proteger e não haver construção. E esse é o nosso objetivo”, sublinhando que, “na altura, se falava num geomonumento a criar no 50 hectares adquiridos pela Câmara, para integrar no Geoparque Naturtejo”.
Tudo para realçar que “esse foi um testamento político que o grande autarca deixou ao discípulo, que o alterou”, denunciando a “opção económico-política que vai sacrificar o Barrocal”.
Manuel Costa Alves vai mais longe ao afirmar que “é o Barrocal que vai servir uma urbanização”, sublinhando que “em Cas-telo Branco não se percebem novas urbanizações, quando não tem crescimento demográfico”.
Por seu lado, Paulo Barata realça que “querem fazer um parque natural, mas o Barrocal, naturalmente, já é natural”, acrescentando que “com este projeto é alterado o nosso museu vivo e único”.
Entre outras considerações, Paulo Barata assegura que “para a fauna não vejo nada de bom, muitas luzes vão alterar o habitat e afugentar os animais e a única coisa que vai ficar são as pedras”.
Assegura que “não queremos uma guerrilha com a Câmara. Queremos o melhor para a cidade. Este é um não ao betão e ao metal” e acrescenta que “os passadiços não me dizem nada. Vêm estragar a beleza do local”.
Referindo-se ao Barrocal como “o oásis de Castelo Branco”, está convicto que “vão estragar a paisagem do que é o nosso Barrocal, a nossa identidade”.
Já Nuno Marçal, depois de afirmar que “sou cidadão Albicastrense. Gosto desta cidade”, lança um desafio ao afirmar que “quem não tem histórias no meio daquelas pedras, que atire a primeira pedra”.
Nuno Marçal pergunta “para quê a intervenção? A intervenção básica está lá. Não era preciso nada mais que limpar, renaturalizar, porque está lá tudo”, concluindo que o Barrocal “é um espaço demasiado cheio de história para ser mexido”.
Posição que também é defendida por Pedro Salvado, para quem o Barrocal “é uma paisagem que tem valor gera-cional e emocional” e defende que “enquanto comunidade somos filhos do granito, rocha fundacional”
Pedro Salvado também assegura que “este movimento não é partidário, é político, pela nossa polis”.
Por isso avança que o objetivo do grupo cívico é “reduzir aos mínimos os níveis antrópicos. É manter o natural o mais possível. Evitar a colocação de materiais exógenos”, na defesa de “um Barrocal mais natura, menos cultura”, de modo “a salvar para o futuro esta paisagem identitária”.
Por seu lado, Maria do Carmo Batista, questiona “se foram realizados estudos arqueológicos e de de impacto ambiental”, para realçar que as rochas do Barrocal “são geoesculturas com 300 milhões de anos”, sendo importante defender a fauna e a flora”
Para o grupo cívico “ainda se está a tempo de atenuar o mal que lá está instalado” e, por isso, avança que “dia 16 de novembro foi pedida uma reunião urgente com o presidente da Câmara, que agora foi marcada para dia 6 de dezembro”.
Uma reunião que se espera seja frutuosa, sendo avançado que as ações do grupo podem ter continuidade, de modo a chamar a atenção da população, “através de um recital de poesia e música, com um cordão humano à volta do Barrocal ou convidar as pessoas para revisitarem o Barrocal e ali deixarem as suas memórias daquele local”.
AT

29/11/2017
 

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