António Tavares
Editorial
Esta quarta-feira começa o mês de agosto.
Um mês que é sinónimo de verão, de calor e, claro está, de férias, para quem as pode ter, porque, infelizmente, os números não mentem e muitos Portugueses continuam a não poder desfrutar de uns dias fora de casa, seja na praia, ou noutro local.
Mas mesmo outros aspetos que são tidos como garantidos, também já não o são assim tanto. É o caso do calor de verão que, este ano, tem teimado em andar arredado de Portugal. Enquanto em países nórdicos e da Europa Central as temperaturas rondam os 40 graus, por cá mais parece estarmos na primavera, quando muito, porque, à noite, nem isso, com as temperaturas e o vento a não convidarem, nem para um passeio e muito menos para um momento de descontração numa esplanada.
Tudo isto, porque o Anticiclone dos Açores decidiu assumir o papel de menino rebelde e fazer com que os casacos não recolham aos roupeiros.
Pelo menos tem sido assim, até agora, embora a partir desta quarta-feira as previsões apontem para uma melhoria, que é como quem diz, uma subida da temperatura. E, a cumprirem-se as previsões, que alteração, pois no caso do Interior, de um dia para o outro, os valores podem subir para mais de 40 graus.
Independentemente de temperaturas, o que de certeza não muda é que este é um mês de festas um pouco por todo o País. Uma lufada de ar, principalmente para o Interior e especialmente para as suas pequenas localidades, que devido à vinda de pessoas de outros pontos do País e, claro está, dos Portugueses que passam o ano noutros países, faz com que se esqueça, nem que seja apenas por uns dias, como a desertificação é a realidade que tarda em ser alterada.