António Tavares
Editorial
As obras de requalificação da Rua Pedro da Fonseca, em Castelo Branco, que alteraram completamente o espaço anteriormente ocupado pelas casas da CP e pela fábrica Metalúrgica foram inauguradas.
A cidade ficou a ganhar, desde logo, porque viu eliminado um espaço degradado numa das principais zonas da cidade, uma vez que ali bem perto fica tanto a estação de caminhos de ferro, como o terminal rodoviário.
Se por si só a eliminação de um espaço degradado é importante, a requalificação daquela zona é ainda mais importante a partir do momento que ali foi criado um novo espaço verde, dando à cidade, a quem nela habita e a quem a visita, um pouco mais de natureza, de contacto com o ambiente, o que é cada vez mais importante e, claro está saudável.
Mas não foi só o ambiente que saiu valorizado. O mesmo aconteceu com a memória da cidade, devido à intervenção ter mantido as duas chaminés da antiga fábrica Metalúrgica, que faz parte da histórias recente de Castelo Branco. E, nunca é demais recordá-lo, é fundamental manter viva a memória histórica, para sabermos der onde vimos e para onde vamos.
A requalificação daquele espaço, no entanto, teve ainda outra virtude, que foi o de homenagear um ilustre Albicastrense, como é o caso de João Roiz de Castelo Branco, conhecido, principalmente, pela Cantiga, Partindo-se. Homenagem prestada por uma escultura que também tem o valor de ser da autoria de outro Albicastrense, o escultor José Simão.
Assim, a cidade ganha mais qualidade de vida e... memória!