13 de fevereiro de 2019

PROMOVIDA PELA FUNDAÇÃO COA PARQUE
Fundão entra da Rede Nacional de Arte Pré-Histórica

O Fundão é um dos municípios fundadores da Rede Nacional de Arte Pré-Histórica promovida pela Fundação Coa Parque e que tem como objetivo integrar e promover em rede um conjunto de sítios detentores deste tipo de património destas ancestrais manifestações artísticas.
Para Bruno Navarro, presidente da Fundação Coa Parque, “esta rede vai otimizar recursos e integrar projetos de investigação científica, em paralelo com a defesa ambiental e afirmação identitária dos territórios”. Acrescenta que “o Fundão é um elemento essencial nesse mosaico de cooperação de conjugação de esforços e de complementaridades entre municípios” e conclui que “a rede estruturará caminhos de união do território patrimonial nacional”.
Por seu lado para a vereadora da cultura da Câmara do Fundão, Alcina Cerdeira, a integração do Fundão na Rede justifica-se pois “a arte pré-histórica é parte integrante e ímpar da nossa rica carta patrimonial. As gravuras rupestres da Barroca são únicas na Beira pelo seu enquadramento paisagístico e importância patrimonial. É um sítio cheio de possibilidades ainda por explorar que no futuro terá que ligar a investigação arqueológica ao desenvolvimento local e ao turismo cultural. A existência de um centro de interpretação que vamos reformular e atualizar obriga-nos a ser mais céleres associando-nos à equipa do Museu do Coa. Tenho a certeza que esta nova abordagem de promoção da arte pré-histórica em Portugal vai ser um êxito”.
Confirmado está, também, o retomar das prospeções nas margens do Rio Zêzere, garante o diretor do Museu Arqueológico do Fundão, Pedro Salvado, que esteve ligado à primeira fase de identificação do conjunto de gravuras da Barroca, descobertas, em 2003, por Diamantino Gonçalves e por Belarmino Lopes.
Para Pedro Salvado “este meandro do Rio é uma página da história do território escrita há milhares e de milhares de anos. Sempre se escreveu nas pedras das margens e há que voltar a religar estes lugares à ancestral paisagem gráfica e a partilhar a salvaguarda deste património com a comunidade. A arte pré-história une. Obriga a pensar tempos e a quebrar todas as fronteiras políticas contemporâneas”.
Pedro Salvado, que também é vice presidente da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, acrescenta ainda que vai propor a entrada de Castelo Branco nesta plataforma de promoção dos valores culturais dos territórios, pois “basta ter em consideração a excecionalidade do conjunto monumental encontrado por Tavares Proença Júnior no Monte de S. Martinho para a adesão estar mais do que justificada. As estelas de S. Martinho são únicas no contexto ibérico e um dos referenciais europeus da história da arte pré-histórica. É um dever de gestão e um direito de identidade Castelo Branco entrar na rede”.

13/02/2019
 

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