DESDE DOMINGO QUE O CENÁRIO POLÍTICO NA MADEIRA se alterou de forma significativa com a perda de maioria absoluta por parte do PSD que vai ter de governar pela primeira vez em coligação. E é sobre poderes absolutos que eu gostaria de tecer aqui algumas palavras. Não vou valorar, se é boa ou má, por natureza, a maioria absoluta, dando de barato que será sempre má quando é dos outros, conduz ao oásis da governação se for minha. E para as próximas legislativas parece que a dúvida reside na obtenção ou não da maioria absoluta por parte do PS, com alguns comen-tadores e líderes partidários a considerarem negativa para a governação do país. Até já ouvi comentadores encartados considerarem que maioria absoluta seria um traço de menoridade para o país e para a democracia. Pensamos que provavelmente o PS a não conseguirá, para mais com as boas prestações de Rui Rio em debates e entrevistas, que nos parecem capazes de estancar a sangria e conquistar indecisos suficientes para retirar essa hipótese a António Costa Mas uma maioria absoluta não se pede. Merece-se ou não. Por mérito de uns e demérito de outros. E resulta do somatório dos votos livres e conscientes dos cidadãos, que é uma conquista democrática do 25 de de abril. Ou será que alguém deixará de votar no partido A ou B só para que ele não tenha a tal maioria absoluta que é o novo papão dos tempos que correm?

DECORREU NA SEXTA FEIRA PASSADA a chamada greve climática estudantil, que em todo o mundo juntou nas ruas milhões de jovens, liderados pela jovem sueca Greta Thunberg. Todo um movimento que mostra uma juventude que quer ter voz ativa na defesa do planeta que vão receber de herança dos pais. Fico feliz por ver que os jovens, tal como nos anos sessenta então incarnando o espírito hippie, se consideram capazes de mudar o mundo. Há 50 anos era o querer acabar com as guerras, a guerra do Vietname e outras como a nossa guerra colonial. Agora é a urgência em tomar medidas que travem a queda no abismo das mudanças climáticas.

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