Edição nº 1627 - 26 de fevereiro de 2020

ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Discussão de moção faz aquecer ânimos

A discussão de uma moção apresentada na passada quarta-feira, 19 de fevereiro, na Assembleia Municipal de Castelo Branco, por todas as forças partidárias representadas neste órgão, exceto pelo Partido Socialista (PS) levantou alguma polémica. A moção, que acabou por ser rejeitada, com 26 votos contra e nove a favor, tratava-se de uma recomendação, na qual era defendido que “a Escuderia Castelo Branco (ECB) merece reconhecimento”.
No período de discussão da moção, Jorge Neves, do PS, afirmou que “concordamos com ela até ao último parágrafo”, para mais à frente assegurar que “todos nós reconhecemos a Escuderia”. Isto, para defender que “não estamos contra a ideia. Nada nos move contra a Escuderia, mas este é um assunto não para tratar de forma pública, mas em privado”, reiterando que “não está em causa o mérito da Escuderia”.
Leopoldo Rodrigues, também da bancada socialista, acrescentou que “esta é uma questão política. O Partido Social Democrata (PSD) quer colocar a Escuderia e os seus sócios contra a Câmara”.
Na Assembleia foram ainda apresentadas e votadas mais três moções.
Uma do CDS/PP com vista à realização de um concurso de ideias para o Centro Histórico da cidade, que foi rejeitada, com 28 votos contra, oito a favor e uma abstenção.
Por seu lado o Bloco de Esquerda (BE) apresentou uma moção com um voto de repúdio pelos atos racistas no futebol, que foi aprovada, com uma abstenção.
Também pelas mãos do Bloco a moção com uma proposta de deliberação para o adiamento da descentralização, com vista à suspensão do processo de transferência de competências para as autarquias locais, foi rejeitada com 29 votos contra, dois a favor e duas abstenções.
Ainda no período de antes da ordem do dia, Miguel Barroso, do PSD, focou-se na saúde, para realçar que “o Serviço de Neurologia do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco não está a funcionar; há o risco de encerramento da Maternidade de Castelo Branco, por falta de médicos; as Sarzedas não tem farmácia; há uma lista de consultas, algumas com mais de seis meses”, para questionar “se a Câmara tem conhecimento destes problemas”, bem como “se já reuniu com a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e “se há soluções”.
Por seu lado, José Pires, do PS, abordou a questão da reestruturação do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), saindo em defesa da Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco. Uma matéria em relação à qual o presidente da Câmara, Luís Correia, afirmou ter “confiança plena que o Politécnico se saiba adaptar aos desafios”.
Os ânimos voltaram a aquecer já no período da ordem do dia, logo no ponto um que respeitava à apreciação de uma informação do presidente da Câmara sobre a atividade municipal e situação financeira do Município”. Ponto em relação ao qual Álvaro Batista, do PSD, recordou que surge no cumprimento da Lei e do regimento da Assembleia Municipal, para denunciar que “o relatório não cumpre a Lei. O que não cumpre a lei é ilegal”.
Entre outros pontos, na sessão da Assembleia Municipal foi aprovada, com uma abstenção, uma proposta de declaração de interesse público para a instalação de uma exploração pecuária, Avicultura Estacal, nas Sarzedas; enquanto por unanimidade foi aprovada uma proposta de declaração de interesse público para a instalação de um parque solar fotovoltaico, nas Sarzedas.

António Tavares

26/02/2020
 

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