Edição nº 1640 - 27 de maio de 2020

NA INAUGURAÇÃO DO NOVO ESPAÇO DA LIVRARIA SÁ DA COSTA
Novo livro de Gonçalo Salvado apresentado em Lisboa

O livro de poesia O Que a primavera Faz Com as Cerejeiras, de Gonçalo Salvado, é apresentado, na próxima segunda-feira, 1 de junho, a partir das 18 horas, na nova sucursal da Livraria Sá da Costa, que se localiza na Rua da Misericórdia, no Chiado, em Lisboa. O livro de poesia é uma edição da Lumen e da Livraria Sá da Costa Editora, de Lisboa, em parceria com a Quinta dos Termos e com a colaboração da Fundação José Rodrigues. É ilustrado com desenhos de José Rodrigues, um dos mais relevantes escultores eróticos portugueses do Século XX, alusivos ao fruto da cerejeira e inclui um texto de abertura de Maria João Fernandes. Insere-se numa coleção de poesia, única no panorama editorial português, em que as obras surgem em original formato livro/garrafa, uma conjugação que pretende efetivar materialmente a relação simbólica e milenar entre o vinho e a palavra poética e inaugurar um novo conceito de difusão da poesia.
A apresentação é feita pelo escritor Tiago Salazar e conta com uma leitura gravada de poemas pela atriz Maria Emília Castanheira, com fundo musical composto por Pedro Castanheira.
A apresentação marca o início de atividade da nova sucursal da Livraria Sá da Costa, em Lisboa, dedicada em parte à coleção Lumen Poesia Pintura e Vinho dirigida por Gonçalo Salvado e que tem como editor Ricardo Paulouro.
O novo livro de poesia de Gonçalo Salvado, em que título reproduz um dos versos mais célebres do poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973): “Quero fazer contigo/o que a primavera faz com as cerejeiras”, reúne poemas curtos do autor, à semelhança dos haikais japoneses, alusivos à flor e ao fruto da cerejeira no contexto amoroso e erótico, na sua maioria inéditos. Está prevista uma edição da obra, com uma seleção de poemas traduzidos para o Japonês, língua que já acolheu anteriormente os versos do autor. Lembre-se que o fruto da cerejeira, a cereja, é considerado símbolo por excelência de sensualidade, erotismo e sexualidade, pela sua forma sugestiva e cor vermelha intensa.
O livro é dedicado e foi concebido em homenagem a Carolina Gil, jovem bailarina Portuguesa, que faleceu vítima de cancro, no início deste ano, tendo esta expressado como último desejo que, após a cremação, as cinzas do seu corpo se viessem a tornar numa cerejeira. Devido à fragilidade e delicadeza associadas à árvore da cerejeira, e à vulnerabilidade do sítio onde foram plantadas as cinzas do corpo da bailarina, no Parque Natural de Sintra, fustigado, não poucas vezes, por incêndios, os familiares optaram antes por um carvalho, uma árvore mais robusta e resistente, para receber as cinzas de Carolina Gil. O novo livro de poesia de Gonçalo Salvado, sob o signo do amor e da cerejeira surge, assim, como a materialização simbólica do último desejo de Carolina Gil.
A coleção Lumen, agora ligada em exclusivo à histórica Livraria Sá da Costa Editora, conta já com diversos títulos tendo iniciado o seu catálogo, em 2017, com a publicação do livro de poesia Rubá’iyat Poemas do Amor e do Vinho 77 Poemas para Ler e Degustar, de Gonçalo Salvado. Trata-se da primeira antologia de poemas do autor, que tem como temática a relação do vinho e do amor. A obra é também ilustrada com desenhos do escultor José Rodrigues, publicada igualmente em formato livro/garrafa em homenagem ao Rubaiyat do poeta persa do Século XI Omar Kayyam, obra cimeira da poesia universal que referencia e enaltece o vinho. Esta antologia de Gonçalo Salvado constituiu-se na altura como o primeiro livro/garrafa editado em Portugal.

27/05/2020
 

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