COM EXPOSIÇÃO NO MUSEU A PARTIR DE 16 DE AGOSTO
Amigos do Museu lembram Ponte Antiga de Santa Águeda
Organizada pela Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior vai ser inaugurada, no próximo domingo, dia 16 de agosto, pelas 17 horas, no Museu, a exposição A Ponte de Santa Águeda e o rio Ocreza. Memórias revi-sitadas. A mostra reúne fotografias realizadas por Veríssimo Bispo, na década de oitenta do século passado, da antiga ponte situada na freguesia da Póvoa de Rio de Moinhos e que foi submersa devido à construção da barragem da Marateca. Datada da Idade Média na sua envolvente detetaram-se relevantes vestígios datados do período romano que se encontram hoje espalhados por vários locais. A ligação à Gardunha, serra onde nasce a ribeira da Ocreza, está presente na exposição através de um conjunto de imagens do fotógrafo do território Diamantino Gonçalves. Para Hermann Scheufler, presidente da Sociedade de Amigos: “Com esta mostra queremos resgatar alguns monumentos esquecidos da cidade e da região e que o Museu se abra cada vez mais ao território. Este tempo de pandemia pode ser uma oportunidade para se visitarem os contextos onde foram recolhidas alguns do materiais das coleções e uma forma de se valorizar o património concelhio.” Completa a mostra uma maqueta do monumento de autoria de Júlio Vaz de Carvalho. Depois da inauguração será realizada de uma visita à barragem de Santa Águeda ao sítio onde se encontra submerso este importante elemento da rede viária medieval da região com o apoio de A. Joaquim Nunes, A. Mota Veiga, M. Costa Alves e de Pedro Salvado, diretor do Museu do Fundão, que apresentará o projeto “ Vias históricas e caminhos da Gardunha: traços de união de gentes, tempos e sentires” que pretende inventariar e preservar as antigas ligações entre a serra e a zona do Campo albicastrense. Não vamos inventar novas rotas que são um modismo. Vamos sim avivar os nomes e as memórias de redes e de complementaridades de circulação. As vias são elementos das paisagens muito peculiares que uniam o económico com o sagrado. O conjunto patrimonial associado a esta rede de caminhos da Serra da Gardunha é muito interessante e para ser valorizado tem de ser inventariado, tarefa que será efetuada por uma equipa que unirá associações dos dois concelhos e investigadores” conclui Pedro Salvado.