António Tavares
Editorial
A água sempre foi, ao longo da história, um bem precioso. Mas, com as alterações climáticas o seu valor cresceu ainda mais. Por isso, cada vez mais, é necessário que todos, sem exceção, assumam que é preciso poupar água e evitar o seu desperdício. Afinal, é bom não esquecer que a vida no Planeta Terra, o Planeta Azul, devido à água, não é possível sem ela.
Por isso, exemplos, como o da Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova, que este ano completa 75 anos, são de ter em conta. Tudo, porque a Associação, que é responsável pela gestão da Barragem Marechal Carmona, também conhecida como Barragem de Idanha, decidiu avançar com a revisão do seu plano de ordenamento e reabilitar o perímetro de rega da Campina de Idanha, contando com o apoio da Câmara de Idanha-a-Nova. Em causa está o facto da Barragem estar a completar 80 anos e a Associação não ter dúvidas que no perímetro de rega é necessário implementar sistemas que permitam utilizar bem a água, poupar e reduzir perdas, porque o sistema de distribuição da água está obsoleto.
Mas se a Barragem de Idanha é uma realidade, o mesmo não se pode dizer de outros projetos também do Estado Novo, como é o caso da Barragem do Alvito, no Rio Ocreza, que teima em não sair do papel, quando não há a menor dúvida na sua importância, não só a nível local, mas também nacional, devido à sua relação com o Rio Tejo.
Outro caso é o da Barragem do Barbaído, sendo esta mais importante apenas a nível local.
Duas infraestruturas que são ansiadas com expectativa e que esperam que o Governo olhe de facto para o Interior numa perspetiva da sua valorização, como tantas vezes afirma.