António Tavares
Editorial
A vida dita normal, depois dos confinamentos originados pela pandemia de COVID-19, está a regressar em força. Com uma ajuda do bom tempo os eventos têm-se multiplicado de dia para dia, com as pessoas a aderirem. Por um lado, porque é o retomar de iniciativas tradicionais que foram suspensas nos últimos dois anos. Por outro lado, porque estas atividades permitem um relacionamento social como já não se via há muito tempo e do qual havia muitas saudades.
Com a primavera aí e o verão a aproximar-se é garantido que os eventos se multiplicarão ainda mais, com destaque para as festas dos santos populares, que estão mesmo aí à porta, mas também das festas de vilas e aldeias, que dão outro sabor às noites quentes.
O único senão é que os números de casos ativos de COVID-19 continuam a aumentar e já se fala na possibilidade daquela que será à sexta vaga. O sexto ataque do coronavírus que, mesmo assim, tudo o indica, segundo avançam os especialistas será menos agressivo, quer em termos de internamentos, quer em termos de óbitos.
Pouco se tem falado disso, porque a guerra da Ucrânia tem desviado as atenções e há a juntar o facto dos dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) não serem tão esclarecedores como acontecia há cerca de dois meses.
Mas, não reste a menor dúvida, há que ter cuidado, porque o coronavírus continua aí, não desapareceu, pode é estar menos do centro das atenções, o que ele agradece, pois, assim, tem o caminho mais aberto para atacar. Por isso, aproveite para conviver, para se divertir, mas com o devido cuidado.