António Tavares
Editorial
É já na próxima segunda-feira, 25 de Abril, que Portugal assinala o 48.º aniversário do fim da ditadura do Estado Novo. Os Portugueses estão cada vez mais perto de comemorar as bodas de ouro do restabelecimento da liberdade, pela Revolução que teve como protagonistas aqueles que ficaram conhecidos como os Capitães de abril.
Aquela que é conhecida como a Revolução dos Cravos é, sem qualquer margem para dúvida, um dos muitos momentos importantes que a história de Portugal encerra. Por isso, é importante manter a sua memória viva, até porque a liberdade é algo que nunca deveria deixar de existir, mas que inúmeros exemplos pelo Mundo fora nos fazem ver que a realidade não é assim. E falamos de liberdades tão fundamentais, como a liberdade de escolha ou a liberdade de expressão, entre muitas outras.
Claro está que a próxima segunda-feira será recheada de comemorações por todo o País. Principalmente comemorações com um contexto político, como é o caso, por exemplo, das assembleias municipais. Não é que estas não sejam importantes, mas também, não deixa de ser verdade, que aquilo que realmente interessa ultrapassa a retórica desses momentos.
Importa, isso sim, continuar a defender a liberdade e explicar aos mais novos, na escola, em casa e em atividades o que foi o 25 de Abril de 1974, caso contrário existe o perigo real de num futuro não muito longínquo o Dia da Liberdade ser apenas mais um feriado.