António Tavares
Editorial
Esta quarta-feira, 1 de junho, é novamente comemorado o Dia Mundial da Criança, que foi assinalado pela primeira vez em 1950, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de alertar para os problemas que as crianças enfrentavam. Ou seja, o dia foi instituído com o objetivo de chamar a atenção para os problemas que afetavam as crianças em todo o Mundo.
Passados 72 anos, muitos problemas foram ultrapassados e foram alcançadas importantes conquistas como, por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos das Crianças.
Mas muito mais há a fazer num mundo que cada vez vive a um ritmo mais alucinante, no qual as crianças, muitas vezes, pura e simplesmente não têm a atenção que lhes é devida e são quase tratadas como adultos, quando não o são, nem devem ser.
Afinal as crianças são crianças e é isso que devem ser, com todo o encanto e magia que é, ou devia ser, ser criança.
Fernando Pessoa escreveu: “Mas o melhor do mundo são as crianças”, no poema Liberdade. A importantíssima e fundamental liberdade que muitas crianças, infelizmente, não têm. O exemplo mais recente é o das crianças Ucranianas, mas muitos mais há pelo Mundo fora. E que dizer dos milhares de crianças que morrem diariamente por falta de medicamentos e de comida, para já não falar nos maus-tratos e escravidão.
Questões que levam a pensar se alguns adultos alguma vez foram crianças, bem como que adultos queremos para o presente e para o futuro.
Feliz Dia da Criança.