Distrital do PSD denuncia falhas na saúde
A Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata (PSD) Castelo Branco denuncia, em comunicado, “a grave crise do setor da saúde no Distrito de Castelo Branco, não percebendo a passividade do governo socialista perante as graves carências manifestadas nos últimos meses”.
Os social democratas adiantam que “o Sindicato Independente dos Médicos alertou recentemente que, em média, um dia por semana não existe Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) simultaneamente na Guarda, Covilhã e Castelo Branco. De facto, no último fim de semana, a VMER do Hospital Pero da Covilhã esteve inoperacional por falta de médicos que assegurassem as respetivas escalas de funcionamento”, pelo que defendem que “aparentemente, quem tem a responsabilidade de garantir uma resposta eficiente dos serviços de saúde está mais preocupado com a sucessão do atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira que com o bem-estar dos utentes”.
Realçam também que “a falta de médicos de família no Distrito tornou-se num problema crónico, deixando uma população maioritariamente envelhecida sem qualquer tipo de assistência na doença, numa fase pós-pandemia em que é essencial existir maior proatividade na prevenção de doenças que foram deixadas em segundo plano na fase pandémica. Em vários centros de saúde da Região a falta de médicos é clara e notória, deixando nas populações um sentimento de insegurança e abandono”.
Acrescentam que “também a incapacidade de reter e atrair médicos especialistas para os centros hospitalares do Distrito põe em causa a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a curto prazo”, bem como que “a Ordem dos Médicos refere que a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), tem no seu quadro de pessoal apenas um médico de ginecologia/obstetrícia, com 65 anos”.
Mais à frente afirmam que, “todavia, as lacunas crónicas não passam apenas pela classe médica, os hospitais e centros de saúde de todo o Distrito desesperam por enfermeiros e outros técnicos especializados, pois estes profissionais andam sobrecarregados e a realizar horas extraordinárias, porque os rácios existentes atualmente não cobrem as reais necessidades, sendo que a prestação de cuidados não é diretamente afetada devido ao profissionalismo e dedicação destes elementos, mas o outro lado da moeda, acarreta um esforço extra e um cansaço físico/psicológico que pode levar a outro tipo de consequências para os próprios”.
A Distrital do PSD afirma também que “no Hospital Amato Lusitano (HAL), em Castelo Branco, fomos alertados para um novo sistema de «monitorização de presenças», obrigatório para todos os trabalhadores e que foi implementado muito recentemente pela atual direção, através de reconhecimento facial ao estilo «base militar» e em substituição do sistema biométrico que estava operacionalizado anteriormente”. Isto apara assegurar que “este novo sistema está a causar alguns transtornos internos, já para não falar que o reconhecimento facial descreve o processo de digitalizar um rosto e, em seguida, associá-lo à mesma pessoa num banco de dados. Um processo que no mínimo levanta algumas questões éticas e de privacidade, pois tal como qualquer outro banco de dados é imperativo uma utilização responsável e segura do mesmo”.