António Tavares
Editorial
A primeira neve do inverno deste ano chegou à Serra da Estrela ao início da noite da passada quarta-feira, 5 de novembro, e continuou a cair durante a madrugada da passada quinta-feira, 6 de novembro.
E, sim, acertou, as estradas de acesso ao ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre, fecharam ao trânsito, embora tenham reaberto ao início da manhã.
Ou seja, com o aproximar da época de nevões, é fácil de calcular o que está para vir. Ou seja há neve, não há possibilidade de aceder à Serra, para apreciar o manto branco de neve. Só ao longe.
É certo, e indiscutível, que a segurança está em primeiro lugar, mas também é garantido que algo não está bem, para não se afirmar que está mal.
No inverno, a neve é o grande atrativo da Serra, mas se não se puder tirar partido disso de pouco valerá, com a Estrela a não poder ser um destino turístico de neve.
Imaginem se assim fosse em conhecidos pontos turísticos de neve um pouco por toda a Europa. Não havia turismo de neve.
Já muito se argumentou sobre a particularidade da Serra da Estrela, que terá neve com características diferentes. Tudo bem, mesmo que assim seja que se encontrem soluções diferentes para situações diferentes.
Definitivamente, o que não se compreende é que apenas um punhado de farrapinhos de neve invariavelmente leve ao encerramento de estradas.