Edição nº 1767 - 16 de novembro de 2022

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

AINDA HÁ MUITO POUCO TEMPO passou pelo cinema, em Castelo Branco, uma comédia romântica tipicamente americana. Bilhete para o Paraíso, sendo a ilha indonésia de Bali o paraíso onde dois jovens têm um encontro que dá em improvável casamento e um casal separado, os pais da noiva, redescobre o amor, tudo isto num cenário de uma beleza exuberante e inspiradora com o inevitável happy end. É em Bali que as vinte mais poderosas economias do Mundo, os G20, se encontram por estes dias. Onde não estará Putin, dizem que com receio de deixar o Kremlin sujeito a algum golpe palaciano, onde não estará Bolsonaro, fechado e incomunicável desde a derrota, mas que contará entre outros com os mais poderosos líderes europeus, com John Biden, ainda a festejar os bons resultados eleitorais e Xi Jinping recém eleito para líder, dir-se-ia vitalício, da poderosa China. Na vida real como no cinema, que o paraíso em Bali, inspire os chefes de governo e presidentes a a encontrarem a direção do caminho tortuoso da paz, que assumam compromissos sérios no combate às mudanças climáticas e que o encontro entre os líderes das duas superpotências, o primeiro desde há vários anos, resulte num casamento, nem que seja de conveniência e de circunstância, pelo bem da humanidade. Enfim, que se encontre um final o quanto possível feliz. E, já agora, que nas preocupações dos participantes, não fiquem esquecidos os muitos milhões de homens, mulheres e crianças pobres, esfomeados e expatriados, os mais afetados pela atual crise global.

O DIA MUNDIAL DOS POBRES resulta de uma iniciativa do Papa Francisco que em 12 e 13 de novembro de 2016 se quis encontrar no Vaticano com milhares de pobres de todo o Mundo. Este ano foi pelo sexto ano que Francisco, o Papa certo no momento certo da atual conjuntura mundial, dedicou este dia especial aos pobres e com palavras que terão de marcar o coração de todos os católicos, assim como de todos os Homens de boa vontade. Alerta para que não nos deixemos seduzir pelos cantos de sereia do populismo que para as necessidades do povo propõe soluções muito fáceis e precipitadas. Lamentou a desgraça da guerra na Ucrânia que tanta morte de inocentes tem causado, feito crescer o veneno do ódio e aumentar a pobreza. Falou dos que migram em busca de esperança, dos que têm condições de trabalho injustas e indignas. Francisco exerceu em toda a plenitude o seu magistério, preocupado com as pessoas mais fragilizadas, não vendo o mundo como se de um jogo de xadrez se tratasse. É o apelo a um mundo mais fraterno que marca bem a enorme diferença da Igreja de Francisco para com o extremismo religioso que se vive em tantas partes do mundo, no Irão ou no Afeganistão. Ou numa certa Igreja Ortodoxa vendida ao poder de um tirano chamado Putin.

16/11/2022
 

Em Agenda

 
07/03 a 31/05
Memórias e Vivências do SentirMuseu Municipal de Penamacor
12/04 a 24/05
Florestas entre TraçosGaleria Castra Leuca Arte Contemporânea, Castelo Branco
14/04 a 31/05
Profissões de todos os temposJunta de Freguesia de Oleiros Amieira

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2023

Castelo Branco nos Açores

Video