António Tavares
Editorial
As ruas de Castelo Branco voltaram a ser invadidas pelos estudantes das seis escolas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), no final de tarde e início de noite da passada sexta-feira, 25 de novembro. Depois de uma interrupção forçada de dois anos, devido à pandemia de COVID-19, a Latada regressou, claro está, com a típica irreverência estudantil, com a sua imaginação e alegria.
São eventos como este que dão vida a uma cidade, fazendo-a vibrar a um ritmo que nem sempre é habitual. A verdade é que, ao longo de várias horas, milhares de pessoas, entre estudantes, familiares e muitos que não quiseram perder o desfile, encheram as ruas, transformando-as em palcos de cor e muita alegria.
A juventude saiu à rua e a cidade ganhou vida. A mesma juventude que assegurará o futuro do País, num momento que não é nada fácil, muito pelo contrário, principalmente para quem está quase a entrar na vida ativa.
Um momento que também não é positivo, porque, como revelam os dados dos CENSOS 2021, em Portugal a população está em decréscimo e há cada vez mais idosos que jovens. Ou seja, se há um lado positivo, que resulta do facto das pessoas viveram cada vez mais tempo, há outro negativo, que resulta da natalidade estar a decrescer, sendo que Portugal é, cada vez mais, um país envelhecido, quando é um dado adquirido que um país sem jovens muito dificilmente evoluiu e hipoteca o seu futuro.
Uma triste realidade que se espera revertida o mais rapidamente possível.