Edição nº 1775 - 11 de janeiro de 2023

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

A NOTÍCIA DA MORTE DESTE GOVERNO, que alguns gostariam de dar, é manifestamente exagerada. Que a sucessão de casos que já levaram a tantas demissões de ministros e secretários de Estado, é sintoma de que alguma coisa não está bem, disso ninguém tem dúvida, mas o certo é que o governo tem todas, mas mesmo todas, as condições para revigorar e recentrar as suas preocupações de governação. Para bem de todos, para bem de Portugal que necessita de muita coisa mas não de instabilidade política que decorreria de um novo período de combate eleitoral. E quando a oposição até se tem mostrado um tanto inconsequente, é incompreensível que um governo de maioria absoluta esteja a passar por uma situação como esta, tendo apenas meses de vida, ainda que o primeiro-ministro possa aparentar algum cansaço ou mesmo falta de paciência, pelos já sete anos de liderança de governos que enfrentaram crises, desde sanitárias à inflação alta, consequência no todo ou em parte, da guerra que se trava na Ucrânia. Esta crise de credibilidade do governo vem cair em cima de uma crise que afeta cada vez mais portugueses, com alta de preços a tornar mais penoso a ida ao supermercado a juntar ao inesperado e tremendo aumento de taxas de juro, com implicações graves na capacidade de muitos casais, em particular jovens, continuarem a suportar os custos de habitação. E esta situação de crise de governo que se perceciona, nasceu da incrível displicência com que se têm escolhido os novos membros do governo. Depois do caso mais paradigmático, o da secretária de Estado do Tesouro que vinha com uma mala cheia do dinheiro da indemnização da TAP, seria de prever que no futuro houvesse todo o cuidado necessário na análise do perfil e no histórico dos novos governantes. Para além do mais, porque é evidente que agora o escrutínio público vai até ao osso. Foi leviana a escolha da secretária de Estado da Agricultura, de tão evidentes as suas fragilidades. De tal forma que entrou por uma porta, saiu pela outra e nem sabemos se se terá sequer sentado à secretária. É evidente que António Costa tem já de sacudir a pressão e mostrar-se como o animal político que se sabe que ele é. Julgo que ninguém concebe a hipótese de ver o governo repetir os mesmos erros de avaliação. Que só alimentam o populismo de direita…

11/01/2023
 

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