EM PARCERIA COM A RAIZ - INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO DA FLORESTA E PAPEL
Navigator avança com restauro ecológico em mais de 110 hectares
A The Navigator Company, em parceria com o RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel, vai proceder ao restauro ecológico de uma área de 110 hectares, no Concelho de Idanha-a-Nova.
A iniciativa, que integra a estratégia da companhia para a conservação da biodiversidade, realiza-se através do Zambujo reCover - Projeto de requalificação florestal e proteção de solos, com vista ao aumento do valor ambiental dos habitats florestais naturais e seminaturais no Zambujo, propriedade da Navigator em pleno Parque Natural do Tejo Internacional e na Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional, Erges e Pônsul, área classificada como Rede Natura 2000.
As intervenções de fundo no terreno para atingir o restauro ecológico decorrerão, na sua maioria, ao longo deste ano numa área aproximada de 110 hectares, o equivalente ao tamanho de 110 campos de futebol. Têm como objetivo a promoção de habitats naturais e seminaturais protegidos pelo Anexo I da Diretiva Habitats (azinhal e montado), pretendendo também a rearborização e adensamento com azinheiras, bem como a conservação de solos.
Entre os vários objetivos, o Zambujo reCover tem como objetivo incrementar a resiliência aos efeitos da desertificação, das alterações climáticas e dos incêndios, através do fomento de povoamentos com espécies arbóreas e arbustivas com ecologia adaptada à seca e à aridez, com destaque para a azinheira (Quercus rotundifolia).
Ainda antes do início do projeto, em 2022, já tinham sido identificadas nesta propriedade mais de uma centena de espécies de flora, nomeadamente de plantas pouco comuns, e de fauna, como o abutre-preto (Aegypius monachus) e a águia-real (Aquila chrysaetos), que se destacam pelo grau de ameaça ou estatuto de conservação.
Por outro lado, foram ainda mapeadas diversas áreas de alto valor de conservação, pelo facto do Zambujo integrar vários habitats protegidos em bom estado de conservação e por incluir escarpas cobertas de vegetação que proporcionam um importante serviço dos ecossistemas, a retenção do solo. Isto numa área onde também se destacam centenárias construções erguidas pelo Homem, de que é exemplo o Muro Alto, um dos muros apiários da região destinados a proteger os cortiços da ação predadora de alguns mamíferos e de outros perigo; diversos monumentos megalíticos, como antas e uma mamoa; e outros achados que permitem descobrir as múltiplas dimensões da agricultura pastoril e da itinerância dos rebanhos ao longo dos séculos.
A iniciativa tem um orçamento global de 225.774,79 euros financiada pelo Programa COMPETE 2020 no âmbito da medida Apoio à transição climática/Resiliência dos territórios face ao risco: Combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo (REACT-EU/FEDER, iniciativa financiada como parte da resposta da União à pandemia de COVID-19).