PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO SOCIALISTA GARANTE
“Do debate saem as melhores soluções”
A presidente da Federação Distrital do Partido Socialista (PS) de Castelo Branco, Hortense Martins, assegurou sábado, no decorrer da XVI Congresso Distrital do PS de Castelo Branco, que “do debate saem as melhores soluções”, para defender que, “no final, temos que apresentar um projeto forte para vencer os desafios que temos pela frente no próximo calendário eleitoral”.
Hortense Martins realçou também que o Congresso “marca um momento de transição serena, de uma liderança, que temos que dizer, foi marcante para o Distrito de Castelo Branco, de Joaquim Morão”.
Debaixo de fogo na intervenção da presidente da Federação esteve o Governo, pela “impreparação, má governação e insensibilidade ao Interior”, defendendo que “temos que acabar com isto”.
Nesta perspetiva avançou que “precisamos de um Governo forte, com sensibilidade aos nossos problemas, às especificações destas regiões de baixa densidade, mas também um Governo que tenha a visão estratégica e a capacidade de ver para além do curto prazo e do imediatismo que o populismo acarreta”.
Relembrando a moção Por um PS Forte e Solidário que apresentou na sua candidatura à Federação, Hortense Martins realçou que “é um ponto de partida para a discussão sobre os importantes temas que devemos debater e para os quais devemos apresentar medidas, respostas, no sentido de aprofundar as soluções para os maiores problemas com que se debatem os nossos concidadãos, especialmente os que vivem nos nossos concelhos e na nossa região e para atrair os que aqui queiram viver”.
Tudo para voltar a apontar o dedo, ao afirmar que “estes tempos foram, e ainda estão a ser, tempos de ataque ao Interior, aos mais frágeis, aos idosos, às crianças, ao estado social”, denunciando que “eliminaram a discriminação positiva e ofereceram-nos como prenda as mais altas portagens da Europa, que estrangulam a nossa economia e dificulta a mobilidade inter e intrarregional”.
Hortense Martins apontou também o dedo à maioria PSD/CDS, pelo “bloqueio de projetos como o IC31, IC6 e IC8”, referindo, mais à frente, que “mesmo a Linha da Beira Baixa foi bloqueada por este Governo e agora parece que falam para aí na necessidade desse projeto”, realçando que “quem nunca desistiu de o fazer, de questionar e de lutar por esta bandeira fomos nós, mesmo na Assembleia da República”.
Para a presidente da Federação estas são posições que “não podemos aceitar. A não ser que aceitemos que estas regiões são para encerrar. Mas estas regiões não são para encerrar”, garantindo que “Portugal precisa destas regiões. Portugal precisa da nossa região”.
Acrescenta ainda que “a Barragem do Alvito, que já estava decidida, foi relegada para as calendas gregas por decisão da EDP e aceitação deste Governo, pois sabemos que se trata de um contrato de concessão”, bem como que “a necessidade de resolução do abastecimento de água à Covilhã está também presente na nossa moção, que era o que se pretendia com o projeto da Barragem das Cortes”.
Assegura que “é nossa responsabilidade construir soluções, pois já vimos que destruir é muito fácil. E este Governo muito tem feito para destruir” e afirma que “a falta de visão global e estratégia é nefasta para o nosso país e em concreto para regiões como a nossa”.
Motivos que a levam a defender que “tudo isto tem de ser invertido, com uma outra visão estratégica. Com novas políticas e com investimento, base para a criação de emprego e para o crescimento” e concluir que “não podemos continuar a ter um Governo que promoveu o empobrecimento, a destruição criativa e o desprezo pelo Interior”.