Edição nº 1790 - 26 de abril de 2023

EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
SEMPRE arrasa contas da Câmara de 2022

O SEMPRE – Movimento Independente, na conferência de Imprensa realizada na passada sexta-feira, 21 de abril, arrasou as contas da Câmara de Castelo Branco relativas a 2022 e a exemplo do que fez anteriormente destacou “o desnorte em que o nosso município anda”.
Apesar de no centro das atenções estarem as contas da autarquia referentes a 2022, antes de abordar esse tema, Luís Correia não perdeu a oportunidade de referir “três temas em que houve decisões políticas e não técnicas, no interesse dos Albicastrenses”. Uma matéria que já tinha sido abordada na sessão de Câmara pública realizada na manhã desse dia (ler notícia). Um dos temas relaciona-se com a “saída do responsável da Fábrica da Criatividade”, considerando que “foi um saneamento político”. Posição que defende, porque considera que “comparando o currículo do novo responsável, que entrou em abril deste ano, não é melhor do que o currículo do que foi afastado, no ano passado”.
Outro ponto teve a ver com a Academia de Futebol, que “era para ser instalada na Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco, não se vendo a intenção, não se sabendo o porquê, nem uma decisão fundamentada de agora ser na Zona da Lazer”.
Já o terceiro tema, relaciona-se com um caminho em Tinalhas, “sobre o qual foi dito que não houve concurso público”, com Luís Correia a assegurar que o “concurso público foi aberto, em setembro de 2021” e sublinhar que “ainda não nos conseguiram explicar porque foi travado, porque não foi concluído e não foi feito qualquer arranjo no caminho”.
Luís Correia focou-se depois na análise das contas da autarquia referentes a 2022 que, adiantou, “foram votadas na sessão de Câmara de dia 19 de abril, com três votos a favor do Partido Socialista (PS), três votos contra do SEMPRE e uma abstenção da coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/ Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM)”.
A análise propriamente dita coube a Jorge Pio, que começou por garantir que “o executivo está mais preocupado com a índole política que com os Albicastrenses”.
Jorge Pio recordou que “no final de 2021 foi aprovado o Orçamento, no valor de 66 milhões de euros” e relembrou que “votamos contra”, por seu “balofo”, sendo a prova disso que “passados dois meses, em fevereiro de 2022, foi aumentado em 22 milhões de euros, ou seja, mais 30 por cento”, o que, na sua opinião “revela o desnorte total”.
Tudo para sublinhar que “passados os 12 meses de 2022, o que se pode concluir é que esta é a pior execução do século, com uma péssima execução total de 50,1 por cento, com a execução nas despesas correntes de 59,04 por cento, quando no ano anterior tinha sido de 75,02 por cento, e com uma execução de despesas de capital de 36,48 por cento, quando no ano anterior tinha sido de 38,25 por cento”.
Jorge Pio frisou que “se isto não fosse grave, há a preocupação que além de ser pior foi um dos anos em que se gastou mais”, de onde “se confirma que o Orçamento não tinha ponta por onde pegar, mas não se deixou de gastar mais. Mas gastou-se mal, pois foi endereçado para algo que não é estrutural. Mais de 50 por cento foi gasto em pessoal e bens e serviços”.
Jorge Pio destacou que com “uma execução de 50,1 por cento ficou aquém da expectativa criada pelo Orçamento”, sublinhado que “o próprio executivo o diz no relatório e contas” e acrescentou que “foi dos anos em que se gastou mais dinheiro”, para revelar “preocupação com o resultado líquido do exercício, com um valor negativo de cinco milhões 451 mil euros, o que é assustador e inédito”.
Alerta também que “esta situação não reside apenas na Câmara, pois há também o resultado negativo da Albigec, de 289.891 euros, num ano que achamos perfeitamente normal, quando nos anos normais nunca deu resultados líquidos negativos”.
E com a atenção focada na Albigec garantiu que “os Albicastrenses estão a começar a pagar a má gestão, com o aumento dos preços na Piscina Praia de Castelo Branco e na Piscina de Alcains”.
Voltando ao Orçamento, Jorge Pio adiantou que “parte da despesa foi justificada com o passado, com aquilo que o presidente da Câmara classificou como «compromissos tóxicos do passado»”. Tudo, para reforçar que “quando se apresentou o Orçamento de 2022, havia valor financeiro comprometido com projetos, obras que já estavam a decorrer”.
Na mesma linha, Luís Correia recordou que o executivo camarário afirmou que “os mais 22 milhões de euros surgiram porque «queremos fazer ainda mais obra, que as que estão para trás»”, para destacar que “se não fossem essas obras que vinham de trás, a execução de despesas de capital seria zero”.
E, tal como Jorge Pio, denuncia “a pior execução do século, que demonstra o desnorte do executivo, que não sabe para onde quer ir, não sabe como executar”.
Luís Correia, mais à frente, não poupou mais críticas, ao afirmar que “são só despesas correntes. Gastar dinheiro. Festas mal planeadas que, por vezes, custam mais”. E neste último caso realçou que “o que eram festivais com características económicas, agora, o principal investimento nesses festivais é a música”.
António Tavares

26/04/2023
 

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