António Tavares
Editorial
O Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca é celebrado no próximo sábado, 17 de junho. Uma data que é assinalada depois da Assembleia Geral das Nações Unidas ter aprovado uma resolução nesse sentido a 30 de janeiro de 1995. A comemoração deste dia tem como objetivo sensibilizar a opinião pública para uma problemática que na sua origem tem como principal responsável a ação humana que conduz a alterações climáticas.
Alterações climáticas que são uma realidade que já não é possível negar, muito pelo contrário, embora ainda há quem o tente, e que afetam o Planeta todo e, claro está, Portugal não é exceção.
Exemplo disso é a seca que no ano passado atingiu o País e que este ano volta a ser um perigo bem presente. Seca que tem forte influência na produção agrícola, pois com a falta de água muitos produtos agrícolas não podem ser produzidos ou, quando isso ainda é possível, a sua qualidade e quantidade não é suficiente. Mas também a pecuária é afetada, uma vez que sem pastos e sem fenos os animais não têm comida, levando a que tenham de ser alimentados a rações. Além disso, com as charcas secas também surge o problema da beberagem.
Para já, a curto prazo, o fornecimento de água para consumo humano ainda não está em risco, mas a sucederem.-se os anos de seca, tal poderá acontecer.
Por outro lado, a seca leva também a que sejam criadas as condições para que haja mais incêndios florestais e mais violentos.
Tudo motivos que lema a que cada um de nós seja mais sensato no uso da água que, afinal, é um bem extremamente precioso sem o qual não podemos viver.