DENOMINAÇÕES DOP BEIRA BAIXA, SERRA DA ESTRELA E RABAÇAL
Queijos já têm rota turística e gastronómica
A Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal foi lançada na passada sexta-feira, 23 de junho, numa cerimónia realizada no Castelo de Castelo Branco, com a intervenção inicial a ser da responsabilidade da presidente da InovCluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro , Patrícia Coelho, que enquadrou a sua criação.
Presente na cerimónia, o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, começou por “saudar a criação desta Rota e como ela se inscreve na estratégia de Portugal”, mais concretamente “na divulgação de Portugal, no reforço de Portugal no mercado de luxo e na internacionalização da nossa gastronomia”, para mais à frente destacar “a diversidade que temos no Centro de Portugal” e a possibilidade de “a divulgar através desta Rota”.
Pedro Machado destacou depois que “o desafio, hoje, é estruturar os produtos, ter um produto estruturado, para chegar à componente da economia, que são os produtores”. Tudo, para “a qualidade e excelência do produto ter o valor justo”.
Focado na “perceção dos mercados internacionais nos produtos Portugueses”, Pedro Machado afirmou que “Portugal está em segundo lugar no enoturismo”, para avançar que o objetivo “é alcançar também um lugar de destaque com os queijos”, porque “temos os melhores queijos do Mundo”.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, começou por dar os parabéns à InovCluster pelo “trabalho desenvolvido”, não deixando de destacar “o apoio aos produtores, através da InovCluster e da Associação Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA)”, para logo de seguida sublinhar que “o setor do queijo atravessa algumas dificludades”, referindo-se em concreto ao leite, apontando para “a valorização de um produto sem o qual não se consegue fazer o queijo”.
Leopoldo Rodrigues também frisou que “o queijo é um produto de excelência, que se afirma e que nos afirma”, aproveitando para recordar a realização do Portugal Cheese Festival, que decorreu de 5 a 7 de maio, em Alcains”, sendo que “em três dais percebemos a potencialidade de um produto que afirma o seu território, mas percebemos também que o queijo tem imensas potencialidades para afirmar turisticamente um território”.
Perante isto o autarca avançou que a finalidade “é não correr o risco de ficarmos sozinhos e perdermos. Daí a importância de uma Rota que valoriza este produto e aumenta a competitividade turística desta região”, frisando que “contamos com o Turismo Centro de Portugal e com o Turismo de Portugal para continuarmos a afirmar o território” e defender que “a Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal é uma mais-valia para a promoção do queijo”.
A apresentação propriamente dita da Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal coube à diretora executiva da InovCluster, Christelle Domingos.
A Rota, que conta já com 47 aderentes, divide-se em nove roteiros e propõe mais de 50 experiências ligadas aos queijos nas três denominações de origem protegida (DOP), que são a Serra da Estrela, a Beira Baixa e a Rabaçal.
Trata-se de uma Rota que “desde vestir a pele de pastores e acompanhar os rebanhos, à ordenha, passando por oficinas de confeção de queijos, visitas às queijarias, provas de degustação, a experiências gastronómicas há um conjunto de propostas únicas e distintivas que permitem mergulhar nas entranhas dos territórios e perceber o porquê destes queijos com Denominação de Origem Protegida serem únicos”.
Como foi destacado estas propostas “estão complementadas por outras experiências igualmente únicas, tais como visitas a museus, fábricas de burel, trilhos, castelos e aldeias”, sendo que “todos os aderentes estarão identificados com sinalética própria, a qual foi trabalhada por forma a garantir uma identidade representativa da autenticidade do produto turístico e com materiais sustentáveis”.
Igualmente realçado é que a Rota “é uma oferta turística sustentável e identitária, tendo como produto âncora, os queijos com DOP do Centro: Serra da Estrela DOP, Beira Baixa DOP e Rabaçal DOP. Assim, esta Rota Turística e Gastronómica é uma oportunidade para todos os que procuram usufruir de dias de descanso em contacto com a natureza e com o espaço rural, que procuram experiências distintivas e fortemente enraizadas nas culturas dos seus territórios e que privilegiam propostas que vão ao encontro da história, tradições, costumes e gastronomia mais identitária dos territórios”.
Quanto aos objetivos da Rota passam por “comunicar de forma estruturada e em rede, por forma a ganhar escala e alcançar melhores resultados na captação de novos fluxos turísticos. A Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal pretende, assim, contribuir para melhorar a atratividade do destino, estimulando a economia local e sendo uma excelente oportunidade para o desenvolvimento de território de baixa densidade. De igual forma, visa sensibilizar para a importância de consumir queijos com DOP do Centro, produtos altamente diferenciadores e de valor acrescentado, detentores de um património único, com uma profunda ligação ao saber fazer das suas gentes e com uma enorme importância para a economia de territórios de baixa densidade, assim como, para a preservação de paisagens, tradições e sabores”.
No decorrer da apresentação, Rui Crisóstomo, da Netsigma, que toda a informação sobre Rota Turística e Gastronómica dos Queijos do Centro de Portugal já está disponível em facebook.com/queijoscentrodeportugal e em instagram.com/queijoscentrodeportugal, bem como que brevemente será também possível instalar uma APP, para os sistemas Android e iOS.
António Tavares