Inês Antunes é a cabeça de lista do Bloco nas Legislativas
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou, numa conferência de Imprensa realizada no Centro Artístico Albicastrense (CAA), em Castelo Branco, a lista com que vai concorrer às eleições Legislativas de dia 10 de março, no Distrito de Castelo Branco.
A cabeça de lista é Inês Antunes, de 25 anos, de Castelo Branco, seguindo-se-lhe Pedro Mesquita, de 25 anos, do Fundão; Catarina Taborda, de 22 anos, da Covilhã; e Nuno Costa, de 47 anos, da Sertã. Os suplentes são Fabíola Cardoso, de 51 anos, de Proença-a-Nova, Carlos Pereira, de 37 anos, do Fundão; Joana Melo, de 18 anos, da Covilhã, como independente; e Mário Camões, de 33 anos, de Castelo Branco, como independente.
Na apresentação da lista, Inês Antunes realçou que “apresentamos esta candidatura na capital de Distrito, numa associação centenária e emblemática da cidade, o Centro Artístico Albicastrense, que, ao longo de todos estes anos, procurou estar ao serviço da cultura e da comunidade” e acrescentou que “a escolha do local não foi por acaso. Estamos precisamente no centro histórico, onde o Bloco de Esquerda conseguiu contabilizar cerca de 200 casas degradadas e devolutas”. Inês Antunes realçou depois que que “a falta de habitação é evidente e o abandono do centro histórico também, por isso é preciso dar condições e respostas aos jovens para que possam fixar-se neste bairro e na região, e para que possam construir aqui as suas vidas”. Na sua opinião “esses incentivos terão de passar, inevitavelmente, pelo aumento de salários. Neste momento, o salário médio ronda, na Beira Baixa, os 1.058 euros, 177 euros abaixo da média nacional, que está nos 1.235 euros. A somar a esta realidade, há também uma disparidade salarial em função do género, que faz com que as mulheres recebam, em média, cerca de 147 euros a menos do que os homens”. Além disso, continuou, “mantêm-se as desigualdades no acesso e na evolução da carreira profissional, mantém-se a discriminação assente em estereótipos, como os relacionados com a parentalidade, afetando principalmente as jovens trabalhadoras. E mantêm-se, sobretudo, os baixos salários em atividades e profissões maioritariamente desempenhadas por mulheres”.
Perante isto “propomo-nos, com esta candidatura, lutar por melhores oportunidades profissionais, mais qualificadas e por mais igualdade salarial”.
Inês Antunes fez também questão de defender que “nascer e viver no Interior do País não é, nem pode ser, uma condenação. A liberdade tem de incluir, também, a possibilidade de escolher viver aqui, onde a falta de acesso a cuidados de saúde e a transportes públicos, o escasso investimento na ferrovia, as portagens, a carência de serviços, o sistema educativo insuficiente e a escassa oferta cultural vão fazendo com que seja cada vez mais difícil fazer essa escolha e vão motivando o abandono, a desertificação e o consequente envelhecimento da população. Com esta candidatura, queremos trazer o Interior à discussão e ajudar na construção de uma sociedade menos desigual e mais justa”.