SESSÃO DE CÂMARA
Mobilidade, apoios ao associativismo e habitação discutidos
Mobilidade, apoios ao associativismo e habitação foram os temas que estiveram em destaque na sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 19 de janeiro.
A temática da mobilidade foi abordada por Ana Teresa Ferreira, do SEMPRE – Movimento Independente, ao realçar que “Castelo Branco faz todo sentido para a mobilidade suave, porque as deslocações são pequenas, a cidade é maioritariamente plana e o clima é ameno”.
Para Ana Teresa Ferreira, no entanto, para que a mobilidade suave seja uma realidade “falta um elemento central, que são as infraestruturas, a rede de ciclovias”, uma vez que a cidade “possui uma rede inacabada”. Por isso, solicitou ao presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, um ponto da situação desta questão, passados dois anos do início do mandato.
Na resposta, Leopoldo Rodrigues falou nos vários “problemas” relacionados com as ciclovias, apontando para o “atravessamento da Praça Rainha D. Leonor, a Avenida Pedro Álvares Cabral, a Quinta das Violetas e a Quinta Pires Marques”, para adiantar que a solução para os ultrapassar está em andamento.
De caminho, o autarca aproveitou para recordar que “temos apoiado a compra de bicicletas” e acrescentou que “o Regulamento Municipal do Sistema de Utilização Partilhada de Bicicletas é apresentado e votado hoje”. Regulamento que foi aprovado, por unanimidade, com Leopoldo Rodrigues a avançar que “entra em vigor este mês, ou no próximo”.
No centro das atenções voltara a estar os apoios às associações, com Jorge Pio, do SEMPRE, a referir-se, em especial às associações culturais e recreativas, para reiterar que o processo “foi mal gerido”.
Jorge Pio destacou a realização de uma cerimónia para assinatura de protocolos, considerando-a um ato de “propaganda”, que levou a que o presidente da Câmara tenha respondido que “não foi propaganda”, justificando que a assinatura de protocolos, como são muitas associações. era mais fácil numa reunião conjunta”.
Jorge Pio abordou ainda a questão do bar do Parque Urbano da Cruz do Montalvão continuar fechado, com Leopoldo Rodrigues a recordar que “houve dois procedimentos concursos e ficaram desertos” e revelar que, entretanto, “houve uma ou duas manifestações de interesse, que estamos a avaliar”, para concluir que “há a perspetiva que haja concorrentes no próximo concurso”.
Já Luís Correia, do SEMPRE, confrontou o presidente “com a situação muito grave, com infiltrações de água, na Escola de São Vicente da Beira”, problema a que acrescentou “a falta de gás, numa altura em que está frio”.
Questões às quais Leopoldo Rodrigues respondeu que “a questão do gás está resolvida, bem como a dos balneários, sendo que existem outras intervenções estruturais que nesta altura (chuva) não se conseguem resolver, mas que o será a seu tempo”.
Outro tema em destaque na sessão de Câmara foi a habitação, com Leopoldo Rodrigues a recordar o protocolo assinado recentemente com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), para “habitação com rendas acessíveis”.
Com este pano de fundo o autarca lamentou que, “infelizmente, só há pouco tempo concluímos a Estratégia Local de Habitação (ELH), que não existia e ainda não assinamos com o IHRU”.
Quanto à estratégia da autarquia adiantou que “compreende a habitação social, num número muito reduzido de habitações, mais precisamente 22”, ao que se junta “a recuperação de alguns imóveis que carecem de intervenção, com uma previsão de 10 milhões de euros”, bem como no seguimento do acordo com o IHRU a questão da “habitação para renda acessível, que se destina aos mias jovens e a famílias da classe média”, para mais à frente quantificar que esta situação abrange “149 fogos”.
António Tavares