BARRAGEM DO BARBAÍDO E REGADIO A SUL DA GARDUNHA
Questões da água chegam à Assembleia Municipal
As questões relacionadas com a água, no Concelho de Castelo Branco, há algum tempo que estão no centro das atenções e foi isso que também aconteceu na Assembleia Municipal realizada esta segunda-feira, 30 de setembro.
O tema foi inicialmente abordado por Ernesto Candeias Martins, do Movimento Partido da Terra (MPT), que chamou a atenção para a importância da “boa gestão dos recursos hídricos”, para mais à frente defender que “há que fazer uma avaliação mais rigorosa dos nossos recursos”, bem como que “são urgentes mecanismos de avaliação do solo e da água”.
Ernesto Candeias Martins que, de caminho, abordou a questão o Regadio a Sul da Gardunha a partir da Barragem da Marateca/Santa Águeda.
A gestão da água no Concelho foi também o foco de Armando Ramalho, do SEMPRE – Movimento Independente, que começou por se referir à Barragem do Barbaído, ao questionar o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, sobre “a não execução de qualquer verba desta obra que considera fundamental”.
Armando Ramalho perguntou ainda “quanto custa a Barragem, qual a sua capacidade, se existe qualquer candidatura para o seu funcionamento e qual o objetivo da sua construção. É para consumo humano ou regadio”.
Logo de seguida Armando Ramalho abordou o Regadio a Sul da Gardunha, para avançar que “assegurou que iria envolver os Albicastrenses, ouvindo-os, mas tal não aconteceu”, para mais à frente sublinhar que “com a sua inatividade perderam-se 15 milhões de euros”.
Nesta matéria perguntou igualmente “se vai ou não construir a Barragem do Barbaído”, assim como “se vai apresentar estudos e conta que com o Regadio vai faltar água aos Albicastrenses”.
Intervenção que mereceu da parte de Carla Massano, do Partido Socialista (PS), uma reação, ao perguntar “para quem foram perdidos os 15 milhões? Para Castelo Branco ou para os interesses do Fundão”, bem como “de que lado estão? Dos interesses de Castelo Branco, ou dos interesses do Fundão?”.
Posição que foi reforçada por Leopoldo Rodrigues ao perguntar a Armando Ramalho se “está do lado de Castelo Branco, ou de outros municípios”, para assegurar que “eu estou do lado de Castelo Branco”.
Leopoldo Rodrigues assegurou ainda, no que respeita à Barragem do Barbaído, que “estamos a trabalhar e assumimos o compromisso de fazê-la”.
António Tavares