Edição nº 1863 - 2 de outubro de 2024

António Nunes Farias
25 ANOS ANTES, UM QUARTO DE SÉCULO DEPOIS...

É um número redondo que ninguém nos pode tirar.
Houve vontade dos autarcas ao tempo e da grande empresa que é a Rádio e Televisão de Portugal, e a obra fez-se, diga-se, em prazo recorde. As adaptações aconteceram no antigo Quartel de Cavalaria.
O pontapé de saída para o “ar” aconteceu em julho desse ano.
Foi assim, em 1999 tudo começou, em Castelo Branco com as emissões regionais, ainda experimentais. Por cá andaram dezenas de profissionais da empresa até que chegássemos ao tal “Regiões”. Algumas caras conhecidas, a Rosa Veloso e a Alexandra Borges, pivôs das ditas. Em setembro chegou a nossa vez. Com os ensinamentos de veteranos e veteranas cá, e a formação exaustiva lá, ainda no Lumiar, o arranque ocorreu. Nomes como José Alberto Machado, João Grego Esteves, Paulo Jerónimo, Arons de Carvalho e José Sócrates importa que sejam lembrados, sobretudo pelo empenho em trazer o serviço público de televisão para este território. Dizem-me alguns, “...foi difícil, quão difícil, mas fez-se”. E fizeram. Só por isso, honra lhes seja feita. O então Centro de Emissão Regional estava de pé. Emitia para dentro da região e para fora, para todo o país e para o mundo. As notícias dos lugares onde a TV nunca tinha aparecido, das aldeias, das vilas e das cidades. A coesão nacional televisiva aconteceu, de facto, nesse instante.
Momentos e gente que ocupava os lugares em cada uma das secretárias novas no edifício. Seguranças nas portas de entrada. Jornalistas da imagem de um lado para o outro bem como os jornalistas da caneta e do papel, e do velhinho Macintosh. Quase de Freixo de Espada à Cinta até ao Alto Alentejo. A área de cobertura era vasta (continua a ser) mas agora com menos contingente. Muito menos. Recordo os primórdios em nomes. Só alguns, os outros que me perdoem: Anabela Santos; José Coimbra; João Mira Godinho; Lígia Veríssimo; Sandra Salvado; Isabel Marcos; Ana Isabel Nunes; João Ricardo Vasconcelos; Sofia Gil; José Travassos; Manuel Granjeia; Rui Pajares, a saudosa Florência; Luís Monte, Ramalho; Carlos Carvalho; Pedro Boa Alma; Rui Capitão; Vitor Amorim; João Martins; Pedro Raposinho; Nuno Sabino e o Ismael Marcos. E os coordenadores, o Fernando Magalhães; Rui Araújo, Pedro Mariano; José Manuel Barata-Feyo e o João Pedro Mendonça, e os tais outros, os quais não me lembro enquanto escrevo, mas são mais alguns. Balanço: centenas de milhares de quilómetros de estrada e milhares de reportagens. Eis o país real em estado puro e, naquilo que nos toca, coeso, pelo menos na informação das regiões, dada a rede de C.I.R´s da RTP distribuídos pelo país e pelas ilhas.
25 anos depois, ficaram alguns. São esses que continuam a história com trabalho, empenho e dedicação. É o Pedro, o Mário, o Paulo e eu. Na Guarda, é o Jorge e o Nelson, afinal a abrangência desta “Delegação” é a mesma. O produto final continua a sair daqui, deste, e às vezes, de outros territórios e é servido praticamente todos os dias. A nossa cota parte é, de missão cumprida mas sempre incompleta enquanto quisermos, e nos cá quiserem. São outros tempos, nem piores nem melhores do que antes. São simplesmente, diferentes. Há 25 anos, mais novos em instalações a estrear. Um quarto de século depois, estamos mais velhos e as instalações degradadas, com portas e janelas podres, um telhado que deixa passar a água e o piso térreo inundado por força da invernia. O tempo não perdoa. A responsabilidade, a nossa, continua a mesma. Pena é, o resto...
(Jornalista, Coordenador do C.I.R. RTP/RDP de Castelo Branco e Guarda)

02/10/2024
 

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