RALI DE CASTELO BRANCO E VILA VELHA DE RÓDÃO
Reviravolta dá vitória a Dani Sordo
A vitória no Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, depois de ter sido atribuída no final da prova, na noite do passado sábado, 14 de junho, à dupla formada por Kris Meeke e Stuart London, em Toyota GR Yaris Rally2, acabou por ser atribuída, na madrugada de domingo, 15 de junho, a Dani Sordo e Candido Carrera, em Hyundai I20 Rally2, que era segundo.
Tal resultou de uma decisão do Colégio de Comissários Desportivos, ao penalizar Kris Meeke em 15 segundos, por antes da Power Stage não ter cumprido o percurso indicado no livro de prova (roadbook), mais concretamente por proceder ao aquecimento dos pneus fora da zona definida.
Penalização que também foi aplicada a Armindo Araújo e Luís Ramalho, em Skoda Fabia RS Rally2, e José Pedro Fontes e Inês Ponte, em Citroën C3 Rally2.
Os pilotos, ouvidos pelo Colégio confirmaram os factos e alegaram que o fizeram porque a área para aquecimento de pneus era pouco extensa para os pneus atingirem a temperatura ideal, pelo que, alegando razões de segurança, o fizeram numa área maior. Confrontados pelo motivo pelo qual não solicitaram à direção do Rali para que essa área fosse aumentada, aceitaram que foi um erro não o ter feito.
De qualquer modo o Colégio não perdoou e a classificação registou alterações significativas. Assim, Kris Meeke passou de vencedor para segundo classificado. Dani Sordo subiu de segundo a primeiro e sagrou-se vencedor. Armindo Araújo, que estava no terceiro lugar do pódio, desceu para o quarto lugar. Já Pedro Almeida e António Costa, em Skoda Fabia RS Rally2, que ocupavam o quinto lugar, subiram até ao terceiro lugar do pódio. Em sentido inverso, Armindo Araújo desceu do terceiro para o quarto lugar, e José Pedro Fontes caiu de quarto para sexto, atrás de Ricardo Teodósio e José Teixeira, em Toyota GR Yaris Rally2.
No entanto, é de realçar que as classificações são provisórias e estão suspensas, porque o Colégio está a aguardar o resultado das análises a amostras de gasolina de algumas viaturas do grupo RC2.
De resto a edição deste ano da prova organizada pela Escuderia Castelo Branco (ECB) foi emotiva quanto baste, mesmo antes de começar. Refira-se que antes da prova ir para a estrada surgiu a polémica da gasolina a utilizar na prova.
Depois, claro está, havia a ter em consideração a vertente desportiva, com uma luta pela vitória que tinha como cabeças de cartaz Kris Meeke e Dani Sordo, como se veio a confirmar.
No primeiro dia de prova, sexta-feira, 13 de junho, Dani Sordo acabou na liderança, com uma vantagem de 0,3 segundos sobre Kris Meeke. A luta continuou escaldante no sábado e no final Kris Meeke venceu com uma vantagem de 14,5 segundos sobre Dani Sordo. No entanto, devido à penalização sofrida pelo piloto Norte Irlandês, que foi o mais rápido na estrada, a vitória sorriu ao piloto Espanhol, por 0,5 segundos.
Entre os pilotos Portugueses a prova também foi emocionante, tendo como protagonistas José Pedro Fontes e Armindo Araújo. Tanto assim foi qua antes da Power Stage José Pedro Fontes estava no terceiro lugar do pódio, seguido de Armindo Araújo, que com um tempo canhão, inverteu as posições ao cair do pano. Mas também aqui as penalizações deixaram marca e enquanto Armindo Araújo desceu para o quarto lugar, José Pedro Fontes caiu para a sexta posição.
Por tudo isto, o Rali de Castelo Branco foi uma prova do mais competitivo que pode haver, com o público a responder da melhor maneira, uma vez que nos dois dias da prova forma milhares o que não perderam a oportunidade e ir para a beira da estrada, quer nas provas especiais de classificação (PEC) em estrada, quer na superclassificativa ou na Power Stage, para ver os bólides.
António Tavares