Radar Social cria rede de intervenção
A Câmara de Castelo Branco realizou, no passado mês de outubro, no auditório da Biblioteca Municipal António Salvado, uma sessão de apresentação e esclarecimentos do projeto Radar Social.
A iniciativa pretendeu dar a conhecer os objetivos do projeto na área do Concelho de Castelo Branco, esclarecer dúvidas e promover a cooperação e o diálogo entre a comunidade e as entidades locais.
Com o lema Identificar, Apoiar e Transformar Vidas, este projeto, como referiu a diretora de Departamento de Educação, Cultura e Desenvolvimento Social da Câmara de Castelo Branco, Maria de Fátima Santos, “é um instrumento de cidadania e dignidade e marca um passo decisivo na forma como o nosso Município olha, cuida e atua junto das populações em situação de vulnerabilidade social, promovendo respostas mais humanas e eficazes”.
Maria de Fátima Santos referiu também que “o Radar Social nasceu com o propósito de criar uma rede ativa, vigilante e solidária, capaz de identificar precocemente situações de risco, evitar ruturas sociais e garantir que nenhuma pessoa ou família fique desamparada por falta de articulação entre os serviços existentes”.
Refira-se que o Radar Social é uma iniciativa a nível nacional, integrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia.
A equipa técnica do Radar Social da Câmara de Castelo Branco é composta pela assistente social Sara Santos, a psicóloga Beatriz Pires e o sociólogo Duarte Ferreira.
Sara Santos e Beatriz Pires apresentaram as linhas gerais e explicaram como funciona o projeto, constituído por 81 entidades que desempenham “um papel fundamental na construção desta rede de apoio mais próxima, mais justa e mais solidária”, desenvolvendo “uma sociedade mais coesa, mais inclusiva e mais atenta às necessidades do outro”.
De acordo com as técnicas, o intuito é “encontrar situações mais integradas, eficazes e centradas nas pessoas e nos seus problemas, adequadas a cada situação”.
Desta forma, o Radar Social assume-se como uma ação coletiva da comunidade com várias entidades do Concelho, como instituições sociais, escolas, centros de saúde, forças de segurança e organizações da sociedade civil, que pretende identificar e acompanhar cidadãos em situações de vulnerabilidade social, económica ou de saúde, nomeadamente pessoas em situação de sem-abrigo; vítimas de violência doméstica; famílias em situação de risco; doentes de natureza psíquica; situações de isolamento/solidão; cidadãos com comportamentos aditivos e dependências; migrantes/refugiados; más condições de habitabilidade; discriminação étnica/política/religiosa/sexual; insuficiência de rendimentos.
Depois de sinalizados os casos, procede-se à avaliação da sinalização, estabelecendo-se contactos, visitas domiciliárias, atendimentos e deslocações ao local e, após confirmação da situação de vulnerabilidade e resposta, os casos são encaminhados para os serviços mais adequados na rede de apoio social existente.
De realçar que qualquer cidadão pode sinalizar casos de vulnerabilidade e situações de risco, entrando em contacto com a equipa do Radar Social, através do endereço eletrónico [email protected], do telefone 272330330 ou presencialmente na Praça 25 de Abril, nos dias úteis das nove horas às 12h30 e das 14 horas às 17h30.