NOVOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS NA CIDADE
Comissões Administrativas Provisórias já foram empossadas
As Comissões Administrativas Provisórias (CAP) do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, que agrega a Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), o Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco e o Agrupamento de Escolas Professor Doutor António Sena Faria de Vasconcelos, e do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, que junta a Escola Secundária Amato Lusitano (ESAL) e o Agrupamento de Escolas João Roiz, já foram empossadas, sendo presididas por António Carvalho e João Belém, respetivamente.
Está assim dado mais um passo na reorganização dos agrupamentos escolares que, recorde-se, no Distrito de Castelo Branco decorreu em duas fases.
Na primeira foram criadas três unidades orgânicas.
Uma no Concelho de Castelo Branco, com a agregação entre o Agrupamento de Escolas de São Vicente da Beira e o Agrupamento de Escolas José Sanches, de Alcains.
A esta somaram-se outras duas, no Norte do Distrito, mais concretamente no Concelho do Fundão, com uma delas a agregar o Agrupamento de Escolas João Franco, do Fundão, e a Escola Secundária do Fundão, e a outra a agregar o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, do Fundão, e o Agrupamento de Escolas Terras do Xisto, de Silvares. Mais recentemente, numa segunda fase, foram criados três novos mega-agrupamentos. Dois na capital de Distrito, Castelo Branco, e um na Covilhã.
Em Castelo Branco foi criado o Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, que junta a Escola Secundária Amato Lusitano (ESAL) e o Agrupamento de Escolas João Roiz.
A outra unidade de gestão criada foi o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, que congrega a Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), o Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco e o Agrupamento de Escolas Professor Doutor António Sena Faria de Vasconcelos.
No Norte do Distrito, na Covilhã, foi criado um novo mega-agrupamento que junta a Escola Secundária Frei Heitor Pinto, o Agrupamento de Escolas do Paul e Entre Ribeiras e o Agrupamento de Escolas do Torto-sendo. No que respeita à capital de Distrito, a contestação aos agrupamentos mais recentes, em especial ao Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, tem sido grande.
Relembre-se que tal como a Gazeta noticiou, os diretores da Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA) e do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, Margarida Baptista e Jerónimo Barroso, respetivamente, entregaram ao presidente da Câmara de Castelo Branco, um documento a rejeitar a agregação destas duas unidades orgânicas, no então criado Agrupamento de Escolas Nuno Álvares.
Na mesma ocasião o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco também tornou público, tal como a Gazeta avançou, que estava contra a sua inte-gração no Agrupamento de Escolas Nuno Álvares.
Além disso, nas reações a este novo mega-agrupamento, os pais e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco revelaram-se “indignados e em total desacordo com a possível constituição de um mega-agrupamento com o Agrupamento Faria de Vasconcelos e a Escola Secundária Nuno Álvares”.
Mas a contestação foi ainda mais além, pois as associações de pais da ESNA e do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco também entregaram no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, uma providência cautelar, questionando a legalidade da criação do mega-agrupamento, sendo este um processo que ainda está a decorrer.
Presidentes
das CAP
Os elementos das equipas que integram as duas CAP foram empossados esta segunda-feira, em Torres Novas, havendo a registar apenas uma exceção. João Belém foi o primeiro a ser empossado, sexta-feira, uma vez que esse foi o último dia útil antes de entrar de férias.
Em declarações à Gazeta, João Belém, afirma que na CAP do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, que tem a sede na Escola Secundária Amato Lusitano, e tem cerca de dois mil alunos, “estamos dispostos para trabalhar no sentido de harmonizar as duas escolas, tendo em conta as suas características”, ao mesmo tempo que garante que “cada uma manterá a sua identidade”.
Adianta que “tudo será feito com bom senso, na tentativa de rentabilizar todos os recursos humanos e materiais da nova unidade orgânica”, avançando que com a junção das duas escolas “tentaremos solucionar os problemas que apareçam, sempre na defesa de um bom atendimento e de prestar à comunidade o melhor serviço possível, na defesa dos alunos”.
João Belém acrescenta que até este momento “cada escola está a desenvolver esforços para preparar o próximo ano letivo”, porque, até agora, “as coisas não pararam. Depois vamos uniformizar procedimentos”, sublinhando que a CAP “vai trabalhar em equipa”, porque “todo o trabalho vai resultar do entendimento da equipa no dia a dia”.
O presidente da CAP do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, António Carvalho, que abrange cerca de dois alunos, e tem a sede na Escola Secundária Nuno Álvares, afirma à Gazeta que assumir este cargo “é uma honra e uma grande responsabilidade”, garantindo que enquanto “presidente de uma equipa procuraremos, para além daquilo que a Lei prevê, em termos de competências e responsabilidades, fazer com que a transição para a nova unidade orgânica decorra com a maior normalidade, envolvendo toda a comunidade”, desde docentes a não docentes, passando obviamente pelos alunos e pelos pais e encarregados de educação, “de maneira a que tudo corra pelo melhor”.
Para já o objetivo passa por “conhecer rapidamente as unidades orgânicas que integram o Agrupamento e preparar o novo ano letivo”, aproveitado para destacar que isto “só é possível com o trabalho de quem estava nas direções”, ao que junta, agora, “o trabalho e o empenho de todos”.
Gazeta foi ouvir
os ex-diretores
Perante a tomada de posse das CAP, a Gazeta contactou os ex-diretores das unidades orgânicas que as integram, para obter uma reação.
No que respeita ao Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, o ex-diretor da Escola Secundária Amato Lusitano, João Belém, falou já na qualidade de presidente da CAP.
Por seu lado, o ex-diretor do Agrupamento de Escolas João Roiz, Carlos Almeida, que é o vice-presidente da CAP, preferiu não tecer muitos comentários, limitando-se a afirmar que, a partir de agora, “nos vamos empenhar todos. O processo está fechado, é uma realidade e vamos trabalhar no sentido de minimizar os problemas e encontrar soluções”.
Acrescenta que importa “ter uma postura construtiva e positiva”, bem como “poten-ciar o que podem ser as mais valias que esta agregação pode gerar”.
Já quanto ao Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, a ex-diretora da Escola Secundária Nuno Álvares, Margarida Baptista, também optou por não tecer comentários, adiantando apenas que “a CAP tomou posse e já se apresentou na Escola, não tenho nenhum comentário a fazer”.
O ex-diretor do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, Jerónimo Barroso, escusou-se a fazer qualquer comentário, o mesmo sucedendo com a ex-diretora do Agrupamento de Escolas Professor Doutor António Sena Faria de Vasconcelos, Graça Ventura, que é vogal da CAP.
Quem integra as Comissões
Administrativas Provisórias
A Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares é presidida por António Carvalho (docente do quadro da Escola Professor Doutor António Sena Faria de Vasconcelos e que até à tomada de posse desempenhava funções na Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, em regime de requisição), que tem como vice-presidente Maria José Rafael (Escola Secundária Nuno Álvares).
Os vogais são Jacinta Belém (Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco), Graça Ventura (Agrupamento de Escolas Professor Doutor António Sena Faria de Vasconcelos) e Pedro Caldeira (Escola Secundária Nuno Álvares).
Por seu lado a Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano é presidida por João Belém (Escola Secundária Amato Lusitano), sendo a vice-presidência ocupada por Carlos Almeida (Agrupamento de Escolas João Roiz).
Os vogais são: António Lopes (Agrupamento de Escolas João Roiz), Sandra Mesquita (Agrupamento de Escolas João Roiz) e José Reis (Escola Secundária Amato Lusitano).