17 julho 2013

Lopes Marcelo
Castelo Branco dos Açores

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No último fim-de-semana do passado mês de Junho, deslocou-se aos Açores, ilha do Faial, uma embaixada cultural em retribuição da visita que a nossa cidade acolheu tendo como ponto alto a realização da Procissão do «Espirito Santo», no âmbito da geminação entre as duas Freguesias com o mesmo nome.

Tal deslocação, liderada pelos Presidentes da Junta e da Assembleia da nossa cidade, abrangeu três áreas: música popular; gastronomia regional e vertente histórica - tudo registado pela equipa da Beira Baixa - TV, dirigida pelo entusiasta Drº Paixão.

Celebrava-se em Castelo Branco do Faial a festa popular em honra de São Pedro e, durante três dias, a partilha e o diálogo cultural foram intensos e solidários.

Na vertente da música popular, a energia do cantor Rui Alves com notável mestria no acordeão assegurou o arraial popular. O Vaatão – Teatro, na sua vertente musical, através dos músicos João Paulo, Fernado Paussão, José Pires e da voz experiente de Maria da Luz, interpretaram melodias típicas da nossa região.

Na área da gastronomia, o profissionalismo e o grande empenho da Dª Isabel e do Sr António (Restaurante English Savoy) a todos cativaram no almoço regional de cozido à portuguesa com os nossos enchidos, as cerejas, os queijos, a tigelada e as papas. Relativamente à lenda que deu origem às papas de milho, o Vaatão representou em animação de rua a invocação da proteção Divina, bem como canções populares.

Na vertente histórica, no Domingo à saida da missa, o Vaatão representou a leitura do nosso Foral Manuelino, tendo sido entregue uma réplica ao Presidente da Junta de Castelo Branco do Faial. Numa cerimónia informal, mas carregada de significado histórico, pelo nosso Presidente da Junta foi entregue ao seu homólogo açoreano uma réplica da Comenda Templária da nossa cidade, testemunhando que Castelo Branco foi capital templária durante quase todo o século XIII. O papel desempenhado pelos Templários no povoamento do nosso território foi relevante e, já integrados na Ordem de Cristo por visão estratégica do nosso Rei D. Dinis, tiveram uma acção notável na gesta dos descobrimentos. Como bem assinalou o Presidente da Câmara Municipal da Horta, levaram para os Açores o culto ao «Espirito Santo» preservarando-o e conservando-o durante séculos.

Os eventos culturais em que participámos entrelaçados com as realizações das Associações Culturais açoreanas: música típica, marchas populares, música clássica e regional, concurso de sopas e a regata de barcos baleeiros; constituiram um mosaico cultural de grande riqueza, identidade e dignidade.

O tempo de viagem é leve mas, também, denso de paisagens, de testemunhos e vivências na moldura dos afectos que a todos enriquece e transforma na pauta da partilha, do respeito pelas diferenças e consideração pela história de cada território e suas Comunidades. Mais uma vez, assim aconteceu pelo afável acolhimento e genuína vibração cultural da bandeira da geminação em boa hora assumida pelas duas Freguesias de Castelo Branco.

 

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