30 outubro 2013

Luís Correia considera incompreensível ausência da Câmara do Conselho Geral do IPCB
Maia defende mudança do nome dos politécnicos

IPCB.jpgCarlos Maia defendeu, durante a cerimónia de comemoração do 33º aniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), realizada segunda-feira, a alteração da designação dos institutos politécnicos para Universidades de Ciências Aplicadas.
O presidente do IPCB argumentou que esta alteração da designação, iria ao encontro daquilo que já se passa no resto da Europa, “onde as instituições, que mantendo a matriz politécnica, asseguram a formação profissionalizante que vai do nível cinco, curso superior de curta duração, até ao nível oito, doutoramento de natureza profissional e performativa”, tal como foi recentemente recomendado pela European University Association.
Sublinhando os preconceitos ainda existentes em relação ao Ensino Politécnico, Carlos Maia referiu mesmo que “outro nome, para além do preconceito, se poderá dar ao impedimento administrativo dos institutos politécnicos ministrarem doutoramentos profissionalizantes”, mesmo quando estas instituições “apresentam centros de investigação de excelência reconhecidos e corpos docentes altamente qualificados”.
O presidente do Politécnico de Castelo Branco diz mesmo que se evitariam “situações caricatas”, como aquelas que se verificam na área da enfermagem e das tecnologias da saúde, em que os orientadores dos doutoramentos realizados nas universidades são docentes recrutados no Ensino Superior Politécnico, porque é nesse subsistema que existe know-how nessas áreas”.
Carlos Maia realçou ainda as restrições impostas ao financiamento público que se traduziram na diminuição das receitas disponíveis para o funcionamento das instituições do Ensino Superior público. E, citando o estudo efetuado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), Estado da Educação 2012, o presidente do IPCB disse que se tem assistido a uma “diminuição significativa no investimento no setor da educação”, o que se tem traduzido na redução de meios financeiros e nos recursos humanos.
Aliás, segundo referiu Carlos Maia, as dotações do Orçamento do Estado (OE) para as instituições do Ensino Superior, “sofreram fortes reduções que nos últimos sete anos atingiram cerca de 50 por cento”. Isto além de “terem aumentado de forma bastante considerável as contribuições sociais”.

Impacto na Região
foi de 40 milhões
Carlos Maia disse ainda que aquilo que se espera das instituições de Ensino Superior é que estas tenham um papel central no desenvolvimento das regiões em que se encontram inseridas e acrescenta que “os institutos politécnicos têm desempenhado esse papel de forma determinante” acrescentando ainda que a criação e a instalação dos politécnicos, “foi dos acontecimentos que mais contribuíram para o desenvolvimento das regiões do Interior. Seguramente que as regiões não seriam as mesmas sem a existência dos institutos politécnicos”, concluiu.
O presidente do IPCB disse mesmo que todo o investimento que desde há três décadas tem vindo a ser feito, “tem valorizado enormemente as regiões, principalmente no Interior, não só em termos de infraestruturas físicas e equipamentos, mas essencialmente pela qualificação da população, que de outra forma não seria possível em muitos casos”.
Por outro lado, realçou o “forte impacto” destas instituições no desenvolvimento socioeconómico das regiões. E, neste capítulo, recordou o estudo sobre o impacto económico das instituições de Ensino Superior no Interior, nas regiões onde se encontram inseridas e que no caso concreto do IPCB, ficou demonstrado que o seu impacto anual total na região de Castelo Branco, correspondeu, em 2012, “a um total de 40 milhões de euros, o que equivale a 5,6 por cento do PIB dos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova” o que leva Carlos Maia a afirmar que “não é conhecido nenhum investimento público na Região que tenha igual retorno”.  
Neste âmbito, Carlos Maia entende que estas conclusões objetivas devem ser tidas em conta na reorganização da rede de Ensino Superior, com um objetivo claro de garantir a sustentabilidade do sistema e a coesão de todo o território nacional.
“Qualquer reorganização, seja da oferta formativa (cursos e vagas), seja da própria rede, ou de ambas, deve abranger os dois subsistemas, universitário e politécnico e independentemente das instituições se localizarem no Litoral ou no Interior, de modo a garantir a consolidação e o desenvolvimento harmónico de todas as regiões do País”, refere.




Luís Correia  acha “incompreensível” a Câmara não ter assento no Conselho Geral do IPCB
O presidente da Câmara de Castelo Branco disse que o IPCB é da maior importância não só para a cidade de Castelo Branco, como também para o Concelho e para a Região.
Luís Correia realçou ainda que a instituição tem-se vindo a afirmar na Região desde a década de 80 e a prová-lo estão os 27 protocolos de colaboração celebrados com entidades externas só no primeiro semestre deste ano.
“O IPCB gera massa crítica e promove o desenvolvimento”, disse o autarca albicastrense, sublinhando ainda a outra dimensão da instituição, onde entram os mais de quatro mil alunos que a frequentam e que “têm um enorme impacto na vida económica e social do Concelho. Esta população estudantil não pode ser ignorada e devemos cativá-la para a médio/longo prazo fixar residência na Região. É fundamental cativar os jovens para que se fixem na Região”, refere Luís Correia, sublinhando que a Câmara é um parceiro do IPCB.
E, precisamente por isso, Luís Correia não deixou de expressar alguma admiração pelo facto de atualmente a Câmara de Castelo Branco, não ter assento no Conselho Geral do IPCB, uma situação que o autarca estranha e a qual classificou de “incompreensível”.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova realçou a importância do IPCB para a estratégia de desenvolvimento de Idanha-a-Nova, onde a instituição tem uma escola a funcionar.
Armindo Jacinto disse que a instituição é fundamental para o desenvolvimento de toda a região em que está inserida e sublinhou ainda que o IPCB “tem sabido estar, saindo da academia e indo ao encontro do mundo empresarial”.

30/10/2013
 

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