7 Agosto 2013

LIVRO DA AUTORIA DE RUTHIA PORTELINHA
Cidades Europeias: que futuro?

Ruthia 01.jpgA primeira obra sobre Capitais Europeias da Cultura, em português, aponta duas variáveis importantes para o futuro das cidades – cultura e turismo.
“Falhado o modelo económico (ou aparentemente falhado), falhado o modelo político (ou aparentemente falhado), para onde deve olhar a Europa? Para onde deve olhar Portugal? E para onde devem olhar as cidades?”. As perguntas foram lançadas por Sérgio Soares, jornalista da Lusa, no lançamento do livro A dimensão cultural da integração europeia. Capitais Europeias da Cultura.
A obra de Ruthia Portelinha foi lançada em dezembro, no fim de semana de encerramento de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura (CEC), numa cerimónia que contou com a participação de Teresa Lago, responsável pelo Porto CEC 2001, Mateja Rozman, de Maribor CEC 2012, de Paulo Cruz, membro do Conselho de Administração da Fundação Cidade de Guimarães e do autarca vimaranense, António Magalhães.
Seguiram-se várias tertúlias e apresentações do livro no Norte e em Lisboa, onde o ex-secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, partilhou a sua experiência nos bastidores de Lisboa CEC 1994.
Com a chancela da Chiado Editora, a obra constitui a primeira investigação académica sobre o programa comunitário Capitais Europeias da Cultura, analisando as expetativas - artísticas, económicas, turísticas e políticas - das cidades chamadas a organizar o evento. Para além disso, a autora dá particular destaque às experiências portuguesas, vividas em Lisboa, Porto e Guimarães.
Ruthia Portelinha, antiga jornalista da Gazeta do Interior e mestre em Estudos Europeus pela Universidade de Coimbra, defende que são precisamente as cidades de menor dimensão que sentem, de uma forma mais intensa, os frutos do evento.
“Estando a maioria dos cidadãos europeus divorciada do projeto comunitário, como aliás se constata nos níveis de abstenção registados nas eleições para o Parlamento Europeu, é fundamental encontrar o suplemento de alma, para usar a expressão de Jacques Delors, para que estes cidadãos se reconciliem com a Europa”, sublinha.
Na mesma linha de pensamento, Ruthia Portelinha recorda que “a cultura pode contribuir para isso, porque constitui uma linguagem universal, acima de divisões políticas, religiosas e até linguísticas” pois, como um dia afirmou o historiador francês Fernand Braudel, “a cultura é a linguagem comum da Eu-ropa”.
Mais do que um projeto europeu, as CEC são “um valioso chamariz turístico ”, refere a autora, acrescentando no entanto que uma cidade pode ser um destino turístico bem sucedido sem nunca se ter organizado um grande evento. “As cidades portuguesas têm muitos trunfos que podem e devem valorizar: as tradições, a história, a gastronomia”, afirma. E aponta, a título de exemplo, o Bordado de Castelo Branco.
O livro A dimensão cultural da integração europeia. Capitais Europeias da Cultura pode ser adquirido online, no site da editora, ou mediante encomenda, em qualquer Fnac ou Wook do País. Para além disso, o título está já disponível no Brasil, através da prestigiada Livraria Cultura.

07/08/2013
 

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