14 maio 2014

Rede Europeia Anti-Pobreza reúne em Castelo Branco
Urge apostar na mudança: Estado Social em risco

O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) Portugal referiu sexta-feira que o desmantelamento do Estado Social e o aumento das desigualdades, “colocam-nos perante um desafio de mudança urgente”.
Jardim Moreira falava no decorrer do Encontro Nacional de Associados da EAPN, em Castelo Branco, no qual sublinhou que a luta contra a pobreza, “não é só uma luta contra a pobreza material”.
“Vivemos uma crise económica mas a grande crise nacional é a dos valores humanos e espirituais. O problema não é só dinheiro é de valores”, adiantou.
Jardim Moreira explicou ainda que existe no País “uma mentalidade muito mesquinha em que cada um defende a sua horta. Queremos fazer propostas concretas ao País e ao Governo”, porque as políticas “ou servem para as pessoas ou não são decentes”, sublinhou.
O presidente da EAPN Portugal referiu-se também à necessidade de existir uma Europa social “geradora de menos pobres, porque a Europa está a gerar milhões deles”.
“O que queremos é dignidade e o desenvolvimento de todos os seres humanos portugueses. O objetivo do encontro passa por pensar na realidade política nacional e europeia que precisa de vitaminas, de mudanças, de um retomar das suas orientações fundamentais”, concluiu.
Jardim Moreira falou também do manifesto que a Rede Europeia Anti-Pobreza lançou no âmbito das eleições Europeias, um documento que disse ser “muito abrangente” e feito ao longo dos últimos meses em colaboração com um grupo alargado de organizações e de pessoas.
O objetivo do documento é o de colocar em marcha um processo de análise e de agregação de ideias e posteriormente chegar a um consenso sobre uma estratégia nacional de erradicação da pobreza e da exclusão social em Portugal.
O diretor distrital da Segurança Social de Castelo Branco afirmou que hoje as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), “são o coração da solidariedade nacional”.
Melo Bernardo realçou ainda a importância de cada vez mais se fazer a ligação entre as pessoas e as associações e instituições de luta contra a pobreza e a exclusão social e depois de deixar uma palavra de apreço a todos os presentes, sublinhou que “sem vós seremos um Estado menos forte e menos social”.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Castelo Branco recordou que cada vez mais pessoas estão em risco de pobreza.
Luís Correia falou ainda no envelhecimento da população como uma verdadeira ameaça não só para o País como para toda a Europa.
O autarca referiu que metade da população portuguesa viveria num estado de pobreza sem qualquer apoio social.
“A crise trouxe novas realidades. O risco de pobreza já não está só para os mais desfavorecidos”, referiu Luís Correia.



14/05/2014
 

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