Idanha-a-Nova
Nossa Senhora do Almortão mantém tradição com muita animação ao longo de três dias
A tradicional Romaria de Nossa Senhora do Almortão, no Concelho de Idanha-a-Nova, tem início domingo e prolonga-se até terça-feira, sendo que segunda-feira é comemorado o feriado municipal do Concelho.
Os festejos em honra da padroeira do Concelho de Idanha-a-Nova, que todos os anos atraem milhares de peregrinos, no que respeita ao programa religioso tem início domingo, às 11 horas, com a celebração da Missa Dominical, na Ermida de Nossa Senhora do Almortão, que será transmitida pela Rádio Renascença.
No dia do feriado municipal, segunda-feira, às 11 horas é celebrada uma missa seguida de procissão.
No último dia da romaria, terça-feira, às 12 horas, é celebrada uma Missa de Ação de Graças.
Claro está que ao longo dos três dias de romaria, o que não faltará são motivos de interesse para os visitantes que, como todos os anos, terão à sua espera um variado leque de bancas de venda, enquanto os mais novos se podem divertir nos carrosséis.
Recorde-se que a Nossa Senhora do Almortão é sempre celebrada na terceira segunda-feira após a Páscoa, dia em que é assinalado o feriado municipal.
A Nossa Senhora do Almortão remonta documentalmente ao Século XIII e quanto à sua origem é avançando que “um dia, madrugada ainda, atravessavam o campo pelo sítio Água Murta, para o labor de todos os dias, pastores e ganhões. Notaram então que numa mouta de murteiras grandes havia algo de estranho. Aproximaram-se e viram uma linda e resplandecente imagem da Virgem”.
No seguimento disso, todos “caíram de joelhos para rezar” e, mais tarde, “resolveram então conduzir a Santa Imagem para a Igreja de Monsanto. Mas Ela desapareceu pouco depois e procurada no local da aparição lá estava, exatamente no mesmo sítio. E sempre que A procuravam, Ela lá estava no lugar da aparição, no murtão”.
Por isso, “respeitadores da vontade expressa da Senhora os habitantes da vila construíram no local a capelinha.
Ou seja, a denominação de Nossa Senhora do Almortão, resulta da sua aparição nos arbustos, conhecidos como murta, que são bastante abundantes no local em que foi construída a Capela.
O culto à Nossa Senhora do Almortão, a “Virgem insofrida das praganas da planície”, como lhe chamou Miguel Torga, foi ao longo dos tempos tornando-se um ato de devoção e uma tradição que leva até ao recinto da Santa milhares de pessoas, inclusive da vizinha Espanha.
AT