sindicato denuncia
Faltam mais de 100 enfermeiros na Unidade Local de Saúde
A Direção Regional de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) veio a público denunciar que na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) “faltam pelo menos 125 enfermeiros”, considerando esta situação “vergonhosa”.
O Sindicato realça que como resultado desta falta de profissionais de saúde se regista uma “redução do número de enfermeiros por turno, em alguns serviços”, há “acumulação de horas, por exemplo, de 637 na Urgência e de 655 na Medicina Mulheres”, verificando-se ainda o “recurso a trabalho extraordinário não pago”.
Além disso, também há uma “redução do número de enfermeiros nos centros de saúde” ,matéria em que garante que “na totalidade dos centros de saúde faltam cerca de 60 enfermeiros”.
Acrescenta ainda que “só em seis serviços do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco faltam 69 enfermeiros”.
As denuncias vão mais longe ao ser realçado que “nenhum enfermeiro/a em ausência prolongada, nomeadamente, gravidezes de risco, são substituídas”, bem como que “não existe um único serviço no Hospital e/ou unidade funcional dos Cuidados de Saúde Primários que cumpra as dotações consideradas seguras”.
Por outro lado, o Sindicato adianta que “de acordo com dados da ACSS, a taxa de potenciais anos de vida perdida é de 5.000 (100.000 habitantes) no ACES Beira Interior Sul e 8.000 no Pinhal Interior Sul”.
O Sindicato considera ainda “inadmissível” que “apesar deste cenário dramático de carência de enfermeiros para fazer face às necessidades próprias dos serviços, o Conselho de Administração decidiu contratar oito enfermeiros e destes, cinco serão contratados a Contrato Individual de Trabalho a Termo Resolutivo”.
Por tudo isto adianta que “a opção inqualificável do Conselho de Administração terá consequências” e revela que “serão pedidas reuniões com os autarcas da área de abrangência da ULSCB e também com os enfermeiros”.