A Câmara de Idanha-a-Nova realizou um inquérito a nível nacional, onde identificou cerca de 70 mil pessoas que mostraram interesse em se fixar e instalar no Concelho.
Perante o resultado obtido, sobretudo na zona da Grande Lisboa, o autarca de Idanha-a-Nova lançou o pro- grama Recomeçar, uma extensão da campanha lançada há dois anos, Não Emigres, Migra!, cujo objetivo era o combate à desertificação do território, através de um apelo, sobretudo aos jovens empreendedores, para se fixarem em Idanha.
Ciente de que atualmente o Concelho não tem capacidade para albergar 70 mil pessoas e que este não é um percurso que se faça de um dia para o outro, Armindo Jacinto quer aproveitar o próximo quadro comunitário de apoio para captar e fixar o maior número possível destes potenciais interessados.
Segundo o autarca, o inquérito demonstra que se tratam de famílias constituídas por três ou quatro elementos, entre os 30 e os 45 anos, com formação média/superior e com alguma capacidade financeira.
O objetivo do município, que está já a trabalhar no terreno, é que o programa Recomeçar seja desenvolvido na próxima década.
Aqui, entra um outro projeto desenvolvido pelo município, a Casa Sustentável Modelo de Idanha, lançado há dois anos. O município tem já no terreno dois loteamentos, um em Idanha-a-Nova, com 55 casas, e outro em São Miguel de Acha, com 22, para fixação de famílias.
Tratam-se de habitações ecológicas que se constroem numa semana e que custam entre os 20 e os 30 mil euros, sendo que na sua construção são usadas técnicas ancestrais, como a madeira, o tabique (paredes divisórias de madeira e barro) e cortiça, o melhor isolante, que garante o conforto térmico da estrutura montada ao estilo pombalino.

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