Celeste Capelo
ELE HÁ CADA COISA!...
Do que se haviam de lembrar, como se não houvesse muitos e outros assuntos bem mais importantes a preocupar a sociedade Portuguesa.
Refiro-me à discussão introduzida na Assembleia da República, sobre o termo “igualdade de género”, tendo essa discussão embatido na denominação do CARTÃO DE CIDADÃO.
Então os indivíduos masculinos passariam a ter o CARTÃO DE CIDADÃO e o sexo feminino teria o CARTÃO DE CIDADÃ.
Tudo isto me parece surreal, pois as pessoas não são palavras e talvez fosse bom que os nossos deputados pudessem rever, e até quem sabe, aprender como funciona a língua portuguesa, porque sexo e género são coisas diferentes.
O sexo diz respeito a características morfológicas das pessoas e de outros seres vivos. Um género gramatical é um conjunto de palavras que seguem determinadas regras de concordância, distintas das dos outros géneros.
Lembro que aprendi, na antiga 4ª classe, (não sei se ainda hoje se aprende) os substantivos epicenos, de que são exemplo a borboleta, a foca, a girafa, a serpente, o milhafre, o sapo, o tubarão.
Os substantivos comuns de dois como por exemplo o artista, a artista, o colega, a colega, o presidente ? a presidente? Será que não iremos colocar mais um grão na engrenagem do acordo ortográfico e tenhamos de considerar que, presidente não será considerado um substantivo comum de dois? Pois a ainda, presidente do Brasil, instituiu a palavra PresidentA .
Havia ainda os substantivos sobrecomuns em que não importa marcar a distinção de sexo. O que importa é a condição ou a situação da pessoa, e não a diferença de sexo. Lembro como por exemplo as palavras a testemunha, o cônjuge, a vítima, verificando-se apenas pelo contexto, qual o sexo da pessoa.
Mas o que pretendo principalmente fazer hoje, é felicitar O Jornal Semanal ? A Gazeta do Interior, por mais um aniversário deste semanário. Aqui não há confusão nem de sexo, nem género.
Há sim que desejar longa vida à Gazeta do Interior e que continue a praticar as regras do bom jornalismo, independência, verdade e objectividade.