Inteligente ou negócio da China
Não tínhamos qualquer problema com a energia.
Eis que nos colocaram em zona piloto, experimental e etc e tal.
E ei-los a montar, à pressa, o novo contador inteligente, por ordens de uma EDP.
É tão inteligente, que passou a cortar a energia de forma abrupta.
Querem eles lá saber dos nossos equipamentos informáticos.
Ao que consta, estes contadores inteligentes não serviram para Espanha e França, mas empurraram para Portugal.
Reclamamos de imediato e em vez de resolverem o problema, o montador da coisa diz: “A EDP lançou uma campanha para substituição de contadores a vários clientes, e a BM apenas executa este trabalho. Sugiro que o seu eletricista verifique o consumo em cada uma das fases. Caso não resulte e não concorde com a mudança do contador deverá expor o caso diretamente à EDP e não à BM”.
Também reclamamos junto da EDP.
Enviam um técnico e tudo na mesma. Afirmam que esta é uma zona piloto e dizem: “Efetivamente, como lhe foi explicado, os equipamentos nessa instalação encontram-se devidamente regulados à potência contratada, em perfeito funcionamento, pelo que, sendo possível aumentar a potência instalada, poderá esclarecer a situação que nos expôs com o seu Comercializador, uma vez que a contratação do fornecimento é atividade da competência do mesmo”.
Sem nada resolverem o problema por eles causado, empurram o problema para a EDP comercializador, a EDP distribuidor empurra para o comer-cializador e, por último, todos empurram para a ERSE.
Em resumo, por um problema por eles criado, ou gastamos dinheiro com o nosso eletricista, ou aumentamos a potência e gastamos dinheiro com eles.
Mas, em boa verdade, se os quiserem testar que o façam em suas casas e lojas.
O melhor era tudo ser analisado de onde vêm estes contadores inteligentes e quem os aprovou.
António Garrido