As Comemorações do Centenário da Morte de Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916), sob o lema Facta Non Verba, dinamizadas pela Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, que tiveram início a 24 de setembro, com a inauguração da exposição Francisco Tavares Proença Júnior em 33 imagens, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, continuaram sexta-feira, com um programa bem preenchido.
Assim, sexta-feira, além do apontamento expositivo Morrem cedo os que os deuses amam. As cerimónias fúnebres de Tavares Proença na Imprensa Albicastrense de 1916, foi lançada a nova série da revista Matereaes, criada por Francisco Tavares Proença Júnior, seguindo-se uma mesa redonda. O programa continuou depois na Sé de Castelo Branco com a celebração de uma missa em memória de Francisco Tavares Proença Júnior e à noite, no salão do Museu, realizou-se um concerto.
Na apresentação do apontamento expositivo Morrem cedo os que os deuses amam. As cerimónias fúnebres de Tavares Proença na Imprensa Albicas-trense de 1916, a presidente do conselho diretor da Sociedade, Adelaide Salvado, começou por recordar que nesse dia se assinalavam “os 100 anos do funeral e das exéquias”, sublinhando que esse foi um “acontecimento trágico e sentido pela cidade, por todos”.
Adelaide Salvado em resposta a “quem disse que não se comemora a morte”, avançou que “não estamos a comemorar a morte, mas uma personalidade ímpar, trazendo à memória dos Albicastrenses o diversificado legado que Francisco Tavares Proença Júnior nos deixou”.
Na ocasião, o vereador Fernando Raposo, da Câmara de Castelo Branco, aproveitou para “felicitar a Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior pelas inúmeras iniciativas e pela colaboração com a Câmara”, dando como um dos exemplos, a iniciativa realizada dia 11 deste mês, na Associação dos Arqueólogos Portugueses, no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, com a apresentação fac-simi-lada da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco, obra pioneira da história da arqueologia da Beira Baixa, no colóquio Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916): Carta arqueológica do Distrito de Castelo Branco, contributos para uma revisão cem anos depois. Uma iniciativa que classificou como uma “jornada bastante interessante”.
O programa continuou com a apresentação da revista Materiaes, III Série, Nº1, na qual são abordados temas como Saberes, Territórios e Memórias e Letras e Memórias, fazendo com que tenha um caráter abrangente, como o seu criador sempre defendeu.
Isso mesmo foi destacado por Otília Duarte, um dos quatro leitores convidados a dar a sua opinião sobre a revista, ao afirmar que Matereaes “não é só sobre arqueologia. Tem temas muito variados”.
Por seu lado, Manuel Costa Alves acrescentou que até esse momento “só conhecia a revista no formato digital”, que lhe tinha sido enviado, para a poder ler, concluindo que “em papel é outra coisa”.
Outro dos leitores, Júlio Vaz de Carvalho, destacou a “importância deste género de livros, para recolher informações”, chamando ainda a atenção para aspetos que considera fundamentais, como “tocar, ler, estudar e divulgar”.
Já Manuel Veloso, além de felicitar a Sociedade “pelo relançamento” da revista, não deixou de valorizar o seu “conteúdo e o impacto que pode vir a ter”.
No que respeita às comemorações, continuam sábado, que é o Dia do Associado da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com uma visita à região de Leiria sob o tema Em busca do espaço vivido por Francisco Tavares Proença: O horizonte Oeste. Será visitada a rede museológica de Leiria, bem como o castelo de Leiria e outro tema abordado será a Quinta da Cortiça – Um espaço de trabalho de Tavares Proença.

Outros Artigos