7 de agosto de 2019

81ª EDIÇÃO DA VOLTA
Daniel Mestre vence no regresso da festa da volta a Castelo Branco

Quem, na passada sexta-feira, passou na Avenida Nuno Álvares em Castelo Branco e viu as fitas nos lugares de estacionamento, percebeu que alguma coisa se iria passar na cidade albicastrense. Depois de um ano de interregno, a festa da Volta a Portugal em bicicleta regressava à cidade que já foi palco de 38 chegadas da maior competição velocipédica em Portugal. O mítico empedrado da Avenida Nuno Álvares iria receber o final da etapa que, no dia seguinte, ligaria a cidade ribatejana de Santarém à capital da Beira Baixa. Foi com o aproximar da noite, que os primeiros camiões com a logística das chegadas de etapa, provenientes de Santo António dos Cavaleiros (local onde teve instalada a meta da etapa desse dia), entravam pela Avenida Nuno Álvares e ocupavam os lugares onde se encontravam as fitas.
No sábado, o dia começou cedo para os muitos elementos da organização da 81ª Volta a Portugal em Bicicleta. O pórtico de chegada equipado com todo o equipamento electrónico para elaborar a classificação da etapa, as instalações para os oficiais da prova, o pódio para entrega do prémio ao vencedor da etapa e das várias camisolas em disputa na competição, o clube da volta e o gradeamento que delimita a zona do público e que serve de suporte para colocação de publicidade dos vários patrocinadores são algumas das muitas tarefas que têm de ser executadas na Avenida Nuno Álvares. Ali ao lado, na Rua Cadetes de Toledo, os profissionais da RTP, televisão que transmite a parte final das etapas, vão fazendo a montagem do vasto equipamento para que as imagens da etapa possam chegar aos 4 cantos do mundo. Mais a baixo, no centro cívico, a feira da volta vai ganhando forma e nas ruas por onde iriam passar os ciclistas eram colocadas grades e os pórticos que indicavam o número de quilómetros que faltavam para a meta. E se na cidade se preparava tudo para a chegadas dos ciclistas, na piscina praia, o programa Há Volta da RTP já dava a conhecer o que de melhor se faz e se tem em Castelo Branco. Pelas 14.00 horas os vários stands dos patrocinadores presentes na Feira da Volta começam com os muitos jogos e animação. Apesar do calor, são muitos os que nas filas aguardam pela sua vez para jogar nos vários jogos e receber uma caneta, um chapéu, uma camisola ou outro brinde para recordar a edição de 2019 da Volta a Portugal. Na recta da meta, um speaker vai animando todos aqueles que já aguardam a chegada dos ciclistas. Mais tarde chegam alguns dos patrocinadores da volta que vão distribuindo os seus brindes.
Na estrada, os ciclistas vão-se aproximando cada vez mais de Castelo Branco. Os ciclistas Jayde Julius, da Protouch, e Guillaume Almeida, da Bai Sicasal-Petro de Luanda, vão fugidos desde os primeiros quilómetros da etapa. Chegaram a levar cerca de 11.30 minutos de vantagem sobre o pelotão, mas a distância vai diminuindo à medida que a etapa avança. Ao quilómetro 170 Jayde Julius fica sozinho na frente da corrida, depois de o seu colega de fuga ter descolado e ser alcançado pelo pelotão. A fuga termina ao quilómetro 188, quando é alcançado pelo pelotão. A equipa da W52-FC Porto assume a frente da corrida, preparando o sprint de Daniel Mestre, que cumpre com a sua missão e é o primeiro a cortar a meta em Castelo Branco, com o tempo de 5.11.37 horas. Em segundo fica o francês Clément Russo da Arkéa Samsic e em terceiro o norueguês August Jensen da equipa Israel Cycling Acadamy). A camisola amarela continua no corpo de Gustavo Veloso da W52-FC Porto. Como sempre foram muitas as pessoas que foram aplaudir a chegada dos ciclistas, mostrando que Castelo Branco tem muito carinho pela caravana da volta. Depois da chegada, uns deslocam-se em direção à zona do pódio e outros vão até às traseiras da Escola Secundária Nuno Álvares onde se encontram os carros de apoio e autocarros das equipas para tentaram obter um bidon de água como recordação, tirar uma selfie com o seu ciclista preferido ou apenas para observar as bicicletas.
Depois das cerimónias do pódio é hora de começar a desmontar tudo e fazerem-se a caminho da torre, na Serra da estrela, que será o local de chegada da próxima etapa. Já tinha chegado a noite quando os últimos camiões deixam a cidade albicastrense. Segue-se o trabalho de limpeza dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco que deixam aquela zona como se não tivesse havido nada. Sinais da volta só junto a algumas unidades hoteleiras, onde se poderiam ver alguns carros de equipas e comissários que dormiram em Castelo Branco, retemperando forçam para uma das etapas que poderia já dar uma ideia dos candidatos à vitória final.
Manuel Geraldes

07/08/2019
 

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