25 de dezembro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2020 foi apresentado semana que passou pelo ministro Centeno. Na Assembleia da República, que é o local onde a aprovação ou rejeição ditará o futuro deste governo minoritário do PS. Nos orçamentos da anterior legislatura, mercê do acordo de incidência parlamentar, vulgo geringonça, à partida a esquerda garantia, com negociações pelo meio, a aprovação do Orçamento. E foi assim que, ao contrário do que muitas pitonisas auguravam, a legislatura foi vivida na sua plenitude. Agora, mesmo que o PS tenha subido significativamente no número de eleitores, sem o acordo das esquerdas essa garantia de aprovação não é tão segura e as mesmas pitonisas já adivinham uma crise previsível a médio prazo. De qualquer forma parece-me que este orçamento, com algumas cedências, principalmente à esquerda, vai mesmo passar na Assembleia da República. Porque nenhum dos principais partidos se arrisca a provocar uma crise que levaria à queda do governo e a novas eleições, que o eleitorado não compreenderia. Com reforço de verbas para o SNS ou um aumento extraordinário das pensões, pelo menos as mais baixas, e algumas outras medidas que, não alterando no essencial a filosofia financeira implícita no documento, vão ao encontro das reivindicações dos partidos que suportaram o anterior executivo, não haverá razões para que este Orçamento não seja aprovado. Que será o primeiro da nossa democracia a ter um superavit, a ter mais receitas que despesas. O difícil aqui será a conjugação que terá de ser feita entre a vontade de ter contas certas que até permitam a redução da dívida e as necessidades de investimento público para melhoria dos serviços públicos, em especial na saúde, educação e segurança, algo que será, quer Centeno queira ou não, inadiável até para que comecemos a deixar de estar na cauda da Europa no desenvolvimento. Por tudo isto não será de espantar a manutenção de impostos a um nível demasiado elevado e haja mesmo um aumento de impostos indiretos a afetar, entre outros, os automóveis e o tabaco, os do costume.

ESTE NÚMERO DA GAZETA DO INTERIOR vai ser posto à venda mesmo na véspera de Natal. Por isso não poderia deixar de aqui referir a época que mais tradições tem na cultura popular beirã. A começar desde logo pela união da família à volta do fogo e da mesa. É o momento em que o apelo à proximidade da família e da sua terra tem uma força especial. E são as tradições gastronómicas, com as filhós em destaque, e culturais como o madeiro no adro da igreja que dão identidade à nossa terra. Finalmente, é a época de máximo consumo nas famílias, com uma média de consumo de algumas centenas de euros. Um pouco de moderação nos gastos, opção por brinquedos simples e didáticos que acabam por ser até mais baratos e não gastar mais do que aquilo que se tem, é uma boa ideia para final de 2019 e inicio da nova década com um superavit orçamental doméstico. Para todos os leitores só me resta desejar então um Feliz Natal.

24/12/2019
 

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