Bombeiros de Proença reagem a notícia sobre ilegalidade nas refeições
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova avança, em comunicado, que “após surgirem notícias nos órgãos de Comunicação Social referindo que a «Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) encontrou indícios de crime e que o Estado pagou milhares de refeições a mais aos Bombeiros», em que referem que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova declarou refeições a mais nos «Incêndios de Mação», na defesa do seu bom nome e das pessoas responsáveis que a constituem”, veio esclarecer vários pontos.
Assim, realça que “não foi notificada pelas entidades competentes sobre este assunto, nem teve acesso ao relatório referido nos órgãos de Comunicação Social”, bem como que “os deveres de imparcialidade e de bem informar a população, que devem ser obrigação de qualquer meio de Comunicação Social, não foram considerados no tratamento deste assunto pois nenhum meio de Comunicação Social nos questionou, impedindo-nos, desta forma, de apresentar as provas documentais de que dispomos e que testemunham que não cometemos nenhuma ilegalidade”.
É também realçado que “repudiamos veementemente o tipo de práticas denunciadas, porque defendemos que existimos para servir a nossa população, pautando sempre a nossa gestão pela transparência, competência e profissionalismo. Considerando que as notícias produzidas estão assentes num relatório que não tomou forma pública na sua divulgação e que desconhecemos, atentam de forma grave e tendenciosa sobre o bom nome da instituição, de quem a representa e dos seus operacionais”.
Para a Associação “as notícias publicadas põem ainda em causa todos aqueles que, de forma voluntária, se associaram aos bombeiros e de forma abnegada e altruísta ajudaram na realização das várias refeições, evidenciando um espírito solidário que faz parte do nosso património coletivo”, acrescentando que “este teor de notícias, publicadas numa altura em que estão a decorrer negociações importantíssimas com o Governo para o setor da Proteção Civil, e nomeadamente para os Bombeiros, descredibilizam os Bombeiros Portugueses lançando um manto de suspeição sobre estas prestigiadas instituições”.
Para a Associação “importa também esclarecer que o fogo que infelizmente ocorreu nos concelhos de Sertã, Proença-a-Nova e Mação, em julho de 2017, teve início no Concelho da Sertã, alastrando depois aos concelhos vizinhos; por esse motivo é chamado de incêndio da Sertã e não incêndio de Mação, como agora erradamente se está a divulgar”.
A Associação recorda que “somos uma instituição coletiva de utilidade pública e sem fins lucrativos e que se encontra ao serviço da população desde 1948”, e realça que “sentimo-nos magoados e atingidos no nosso bom nome com a exposição negativa que a nossa instituição foi alvo. Exigimos, por isso, o necessário e cabal esclarecimento de toda a situação, estando disponíveis para apresentar toda a documentação que dispomos e evidenciam a verdade dos factos”.