Edição nº 1644 - 24 de junho de 2020

COM A VOZ DE MARIA EMÍLIA CASTANHEIRA E MÚSICA DE PEDRO CASTANHEIRA
Poemas de Gonçalo Salvado apresentados em vídeo

Uma gravação de poemas de Gonçalo Salvado do seu mais recente livro, O Que a primavera Faz Com as Cerejeiras, ditos pela atriz Maria Emília Castanheira, acaba de ser editada em formato vídeo, com fundo musical de Pedro Castanheira. Refira-se que a atriz Maria Emília Castanheira é casada com o cenógrafo Albicastrense José Manuel Castanheira, sendo que Pedro Castanheira é filho do casal.
O vídeo reproduz também desenhos do escultor José Pires presentes na obra. Tanto o livro como o vídeo são edições da Lumen e da Livraria Sá da Costa Editora, de Lisboa, em parceria com a Quinta dos Termos e com a colaboração da Fundação José Rodrigues.
A estreia do vídeo está marcada para o próximo sábado, 27 de junho, às 19h30, no Facebook, na página de partilha de poesia Quem Lê Sophia de Mello Breyner coordenada por Lília Tavares e Carlos Campos, uma das que mais público tem em Portugal, contando cerca de 80 mil seguidores.
O livro de Gonçalo Salvado O Que a primavera Faz Com as Cerejeiras é ilustrado com desenhos do escultor José Rodrigues, um dos mais significativos escultores eróticos do Século XX português, alusivos ao fruto da cerejeira e inclui um texto de abertura de Maria João Fernandes.
Insere-se numa coleção de poesia, única no panorama editorial português, dirigida por Gonçalo Salvado, na qual as obras surgem em original formato livro/garrafa, uma conjugação que pretende efetivar materialmente a relação simbólica e milenar entre o vinho e a palavra poética e inaugurar um novo conceito de difusão da poesia.
O título reproduz um dos versos mais célebres do poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973): “Quero fazer contigo/ o que a primavera faz com as cerejeiras”, reúne poemas do autor, em sua maioria inéditos, poemas curtos, à semelhança dos haikais japoneses, alusivos à flor e ao fruto da cerejeira num contexto amoroso e erótico.
Está prevista, uma edição da obra, com uma seleção de poemas traduzidos para o Japonês, língua que já acolheu anteriormente os versos do autor.
Recorde-se que o fruto da cerejeira, a cereja, é considerado símbolo por excelência de sensualidade e erotismo, pela sua forma sugestiva e cor vermelha intensa, metáfora do impulso amoroso e do ímpeto primaveril, imagem de imortalidade.
O livro é dedicado e foi concebido em homenagem a Carolina Gil, jovem bailarina portuguesa, que faleceu vítima de cancro, no início deste ano, tendo esta expressado como último desejo que, após a cremação, as cinzas do seu corpo se viessem a tornar numa cerejeira.
De lembrar que não é a primeira vez que esta temática, a flor e o fruto da cerejeira no contexto amoroso, surge na obra de Gonçalo Salvado. O poeta é autor, em parceria com Maria João Fernandes, da antologia poética, publicada em 2004 com o apoio da Câmara do Fundão, Cerejas Poemas de Amor de Autores Portugueses, prefaciada por Eduardo Lourenço e posfaciada por António Ramos Rosa. Esta antologia, com capa do artista José de Guimarães, tornou-se num verdadeiro ex-líbris da região do Fundão, de que o fruto da cerejeira é emblema por excelência. A obra foi enaltecida por variadas personalidades e apresentada na Culturgest, em Lisboa, pela escritora Agustina Bessa-Luís e na televisão, pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

24/06/2020
 

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