PSD está preocupado com a Unidade Local de Saúde
A Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco afirma, em comunicado, que “estranha e repudia veementemente que, passados vários meses desde o fim do mandato do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), em 31 de dezembro de 2019, e desde a saída do seu presidente, Vieira Pires, por limite de idade, ainda não tenham sido nomeados os respetivos substitutos”.
Os social democratas realçam que “sendo tais factos previsíveis, poderiam e deveriam determinar que um impasse diretivo fosse acautelado, sobretudo num contexto tão difícil, a exigir decisões essenciais na área da saúde pública e uma liderança forte, capaz de assumir um caminho de esperança e dinamização” e acrescentam que “mesmo admitindo que a nomeação do novo Conselho de Administração deverá seguir a sua devida tramitação, haveria que assegurar o bom funcionamento da ULSCB”.
Defendem que, “pelo contrário, é manifesto que não só não foi assegurada a continuidade do bom funcionamento da ULSCB, como a situação que atualmente se vive na instituição tem gerado descontentamento junto dos profissionais. E se a primeira das conclusões atrás referida já é, por si só, preocupante, a segunda é deveras avassaladora, porque nenhuma instituição pode funcionar bem sem a mobilização dos seus quadros”.
A Distrital do PSD sublinha ainda que “desde a saída do Dr. Vieira Pires, que o peso da responsabilidade tem recaído sobre um conjunto de pessoas destituídas da autoridade dada pelo Ministério da Saúde para liderar processos de gestão e sem o poder de decisão e de liderança que um presidente de Conselho de Administração sempre teria. Assim, parece que, neste momento, as decisões são tomadas com a noção de provisório a pairar sobre a cabeça de quem decide, conforme já foi constatado pelo Sindicato de Enfermeiros no início de junho”.
Por outro lado avançam que “um Conselho de Administração em substituição não pode ser responsabilizado por decisões que não toma, nem se pode responsabilizar pelas decisões tomadas”.
Por tudo isto concluem que “neste processo, não se pode escamotear a responsabilidade do Ministério da Saúde, que tem menosprezado uma unidade de saúde com um papel fundamental no Interior do País, o mesmo Interior cuja defesa os socialistas tanto propalam mas que, nos momentos decisivos, quando é mesmo precisa uma atitude por parte de quem atualmente governa, fica patente a incúria, o desinteresse, o assobiar para o lado e deixar o tempo correr, não se sabe bem à espera do quê”.