António Tavares
Editorial
O Dia Mundial da Alfabetização foi assinalado esta terça-feira 8 de setembro.
Em pleno Século XXI esta pode parecer uma data aparentemente com menos importância, em comparação com o que era a realidade no País e no Mundo, noutros tempos. Mas não é assim. A alfabetização continua a ser um fator importantíssimo, mesmo no mundo atual, rodeado de tecnologia.
Por outro lado, se em Portugal, felizmente, as taxas de analfabetismo já não atingem os valores astronómicos que apresentaram em tempos, continuam a mostrar níveis elevados, principalmente se se considerar que se trata de um país europeu.
Claro está que em outros pontos do Globo a situação é muito mais grave. Estão nessa lista países onde ir à escola e saber ler e escrever é um bem essencial e determinante a que muitas crianças não têm acesso, vendo, assim, o seu futuro comprometido. Mas, quer se queira, quer não, em muitos locais do Mundo, a alfabetização, continua a ser um privilégio e não um direito fundamental.
E existe ainda um problema que tem vindo a crescer e que é bastante grave. Trata-se do analfabetismo funcional. Ou seja, pessoas que sabem ler e escrever, mas que não compreendem o conteúdo, por exemplo, ao ler um livro.
Estas pessoas, embora tecnicamente sejam alfabetizadas, personalizam um problema grave, pois ao terem dificuldade na compreensão de conteúdos veem prejudicado o seu desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional.